Durante uma atividade do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), realizada em 24 de março em uma escola de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, uma aluna do 5º ano do Ensino Fundamental denunciou, por meio de bilhetes, graves abusos sofridos dentro de casa. A revelação foi feita durante a dinâmica conhecida como “Caixinha do Proerd”, usada pelos instrutores para promover um ambiente de confiança entre os alunos.
Nos bilhetes entregues à policial instrutora do Batalhão de Polícia Escolar Comunitária (BPEC), a criança relatou episódios de violência física e sexual cometidos pelo padrasto, além de mencionar o uso de drogas por parte do agressor. A aluna ainda afirmou que a mãe tinha conhecimento dos abusos, mas não havia tomado providências para protegê-la.
Seguindo os protocolos estabelecidos, a policial realizou uma conversa reservada com a aluna, confirmando a gravidade das denúncias. Imediatamente, foram adotadas medidas de proteção, com a elaboração de um Boletim de Ocorrência (BOU) e o acionamento do Conselho Tutelar de Campo Largo, responsável por garantir a segurança da menor.
Durante as investigações iniciais, foi constatado que o padrasto já havia sido denunciado por abuso contra outra menor em 2022. A reincidência do crime elevou o nível de urgência na condução do caso, culminando na adoção imediata de medidas para impedir o retorno da criança ao convívio com o agressor.