Historicamente, os próximos meses são os mais intensos na locação residencial; setor está otimista para a possível retomada
O número de imóveis residenciais para locação tem apresentado crescimento nos últimos meses em Curitiba. Os dados levantados no último estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do sistema Secovi-PR, dão conta de que a média de oferta dos residenciais para locação nos últimos três meses ficou em 7 mil imóveis, enquanto no mesmo período em 2019 era de 6,3 mil e em 2018, de 8,7 mil.
“Temos que ressaltar que chegamos a um estoque de apenas 5 mil imóveis em março – o menor estoque desde março de 2012 – e muito próximo disso nos meses de fevereiro e abril”, compara o vice-presidente de Locações do Secovi-PR, Leonardo Baggio.
Segundo Baggio, parte desse movimento pode ser atribuído ao retorno de imóveis que estavam sendo destinados às locações de temporada. “Essa modalidade tem algumas características que necessitam de uma dedicação a mais por parte dos proprietários e que têm consequências no dia a dia, por exemplo realizar o check-in e o check-out a cada período de uso, que pode ser até de um dia apenas”, pondera.
Aumento das locações e sazonalidade
O mês de outubro já demonstra uma reação do segmento, com índice de Locação Sobre Oferta (LSO) de 16,6%, ou seja, um aumento de 2,6 pontos percentuais na comparação direta com o mês anterior e um aumento de 1,6 pp comparado a outubro de 2019. “Esse índice estava em 18% em março, recuou para 7,8% em abril e, desde então, tem apresentado crescimento gradual, o que nos indica que, muito em breve, estaremos no patamar normal”, analisa o presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR, Jean Michel Galiano.
A expectativa do setor é de que nos próximos meses ocorra um aquecimento nas locações residenciais, por se tratar do período histórico no qual se condensam os maiores índices anuais. “Nessa época do ano, as pessoas começam a realizar movimentos para evitar deslocamentos desnecessários, buscando proximidade com o trabalho ou com a escola das crianças; certamente o retorno das aulas presenciais trará novamente os estudantes universitários, que retornaram para suas cidades de origem no início da pandemia”, explica Baggio.