Conselho de Ética da Alep aprova suspensão de 30 dias para Renato Freitas

A decisão foi tomada por quatro votos favoráveis e um contrário. O parecer foi relatado pela deputada Marcia Huçulak (PSD), que argumentou que Renato Freitas incentivou os manifestantes com gestos e palavras, incluindo o comando “entra”. Segundo ela, isso teria comprometido a continuidade da sessão, expondo parlamentares a ameaças e dificultando o andamento da votação.

O voto de Huçulak foi seguido pelos deputados Thiago Bührer (União Brasil), Artagão Junior (PSD) e Marcio Pacheco (PP). O único voto contrário foi do deputado Dr. Antenor (PT). O parecer ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e precisa ser votado em plenário. Caberá ao presidente da Casa, Alexandre Curi (PSD), definir quando o tema será incluído na pauta.

Caso a suspensão seja confirmada, Renato Freitas ficará impedido por 30 dias de usar a palavra nas sessões, disputar cargos da Mesa Diretora e de comissões, além de não poder relatar proposições.

O advogado do deputado, Edson Abdala, afirmou que recorrerá da decisão e classificou a medida como equivocada. Segundo ele, não há provas que sustentem as acusações contra seu cliente.

Além da suspensão, Renato Freitas enfrenta novas representações por quebra de decoro parlamentar, apresentadas por deputados estaduais e vereadores de Curitiba. Desta vez, o motivo foi a participação do parlamentar em um protesto dentro de um supermercado, no qual ele usou um megafone e travou os caixas por cerca de 15 minutos em repúdio à morte de Rodrigo da Silva Boschen, de 22 anos, espancado por seguranças do local.

O deputado já esteve envolvido em outros episódios na Casa. Em 2023, foi condenado pelo Conselho de Ética por chamar o então presidente da Alep, Ademar Traiano (PSD), de “corrupto”, mas o processo foi arquivado. Mais recentemente, também foi acusado de ofensas e agressões durante uma sessão da CCJ, em outro processo que ainda está em andamento.