Em decisão recente que marcou os corredores da Assembleia Legislativa do Paraná, o Conselho de Ética optou pelo arquivamento de três processos que vinham causando alvoroço no cenário político local. Durante uma reunião ocorrida na última quarta-feira, as acusações que pesavam sobre figuras notáveis da política paranaense foram consideradas insuficientes em termos de evidências, levando à conclusão de que não havia fundamento para prosseguir com as investigações.
Entre os processos, encontravam-se dois procedimentos instaurados pelo deputado Renato Freitas (PT) contra o presidente da Assembleia, Ademar Traiano (PSD), e o deputado Ricardo Arruda (PL). Estas ações estavam centradas em questões de conduta e procedimentos legislativos. Por outro lado, um terceiro processo envolvia o próprio Freitas, que foi acusado de injúria racial após referir-se a Cristiano Zanin, membro do Supremo Tribunal Federal (STF), como “branco e privilegiado”, um comentário que gerou intensa discussão sobre racismo e privilégio na esfera pública.
O deputado Matheus Vermelho (PP), relator dos casos no Conselho de Ética, expressou que, após uma análise cuidadosa, ficou evidente a ausência dos “mínimos elementos necessários” para dar continuidade aos processos. Sua conclusão foi prontamente aceita pelo Conselho, culminando no arquivamento das representações.
Este desfecho traz à tona reflexões sobre os critérios utilizados para avaliar condutas dentro do ambiente político, assim como os desafios enfrentados pelas instituições na manutenção da integridade e transparência. A resolução dos casos evidencia a complexidade das dinâmicas de poder e a importância da rigorosa análise de evidências no processo de tomada de decisão ética.