O acesso de lésbicas, gays, bissexuais, transgênero, intersexo e demais orientações sexuais às políticas públicas de Curitiba foi o tema do Seminário Orgulhe-se, que o Conselho Municipal da Diversidade Sexual promoveu nesta sexta-feira (28/6), Dia Mundial do Orgulho LGBTI+. O evento reuniu representantes dos servidores públicos e da sociedade civil organizada no auditório da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Paraná.
Dividido em dois painéis, o seminário apresentou as ações dos diferentes órgãos de governo para acolher também as pessoas LGBTI+ e fez uma análise principalmente sobre o acesso do segmento ao atendimento nas áreas de Ação Social, Educação, Saúde e Segurança.
“Foi um momento para amadurecermos a discussão sobre o que existe e o que precisa ser aprimorado, sempre considerando a necessidade de os servidores estarem capacitados para lidar com situações e pessoas diversas, seja no trabalho e também fora dele”, disse o presidente do Conselho e Assessor de Políticas da Diversidade Sexual da Prefeitura, Fernando Ruthes, que também convidou o público a participar da consulta pública em andamento para ouvir sugestões para o Plano Municipal para o segmento.O processo de votação termina nesta sexta-feira (28/6).
Políticas para a cidadania
Para a integrante do Conselho Nacional de Saúde e presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Travestis (ABGLT), Heliana Hemetério, que participou do evento, é necessário ampliar a proteção ao segmento. “É hora de sair da teoria dos fôlderes e sair para a prática, estabelecendo um diálogo real com pessoas consideradas invisibilizadas mas que existem, são como eu”, disse ela, que declarou ser lésbica, negra, avó e praticante de religião de matriz africana.
Falando como representante da Secretaria Municipal da Defesa Social e Trânsito, o guarda municipal Marcos Antunes saudou “a todas, todos e todes” e apresentou iniciativas como a capacitação de todo o efetivo da corporação sobre a comunidade LGBTI+. “A orientação é darmos o tratamento que todos merecem. É enxergar em todos o cidadão e deixar de lado as convicções pessoais. No trato com o cidadão isso não vale, mas o que a lei prevê”, disse.