Muitas pessoas torceram o nariz para o desprezo da lista tríplice e por Bolsonaro ter escolhido Augusto Aras como novo PGR.
A certeza que fica em todo esse escândalo envolvendo Janot, é a de que o presidente Bolsonaro é um visionário e sabiamente dispensou a lista tríplice, nomeando alguém de sua confiança, ficando livre de escolhas viciadas da corporação do MP e, portanto, propensas a decisões de pessoas destemperadas e inadequadas ao cargo. Importante que se diga, que segundo a Constituição Federal, nada obriga o presidente a escolher o PGR segundo a tal lista.
O escolhido de Bolsonaro foi aprovado em sabatina do Senado. O mandato é de dois anos. Segundo o presidente: "Acho que dei sorte, acho que escolhi o melhor (…).”
Talvez agora fiquem mais explicitadas algumas ações do então procurador-geral da República, não apenas incompatíveis com o cargo, mas que escapavam a qualquer senso de racionalidade, baseadas em provas infundadas, falsas acusações, tudo isso para nutrir a execução de seus desejos íntimos e dissimulados.
Rodrigo Janot foi nomeado procurador-geral da República pela presidente Dilma Rousseff, que seguiu a primeira indicação feita pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). O caso mostra, com espantoso realismo, os riscos da obediência à tal lista tríplice.
Após meses de negociações, Bolsonaro deixou de lado a lista tríplice divulgada em junho por eleição interna da ANPR (Associação Nacional de Procuradores da República) e escolheu um nome que correu por fora, de perfil conservador e que buscou mostrar afinidade com ideias do presidente. Diga-se também que causou boa impressão ao Senado.
O recente caso envolvendo os perigosos delírios de Janot servem de alerta para aqueles que insistem em acreditar que não há uma ameaça comunista pairando sobre nossa nação. Tentam desacreditar essa alarmante situação para aos poucos desarticularem a cúpula da presidência. Pretendem se entranhar sorrateiramente na estrutura dos três poderes, com a intenção de retornar ao poder e parasitar nosso país em um regime esquerdista e radical.
Prova disso são as novas declarações do ex procruador-geral da República Rodrigo Janot . Em seu livro “Nada Menos que Tudo” além dá alarmante confissão de tentativa de assassinato dentro do STF, Janot declara que tinha José Genoino, "Marx e Engels" e "Che Guevara" como ídolos.
"Como fazia oposição ao ‘sistema’, eu era de esquerda, mas não tinha filiação a partidos ou correntes. Lia Marx e Engels e, como era moda na época, usava cabelo comprido, camisetas com a estampa de Che Guevara e bolsas jeans que carregava a tiracolo. Participava também de passeatas na rua, em que os confrontos com a Polícia Militar e grupos de apoio à ditadura eram frequentes. Mas nosso movimento não tinha qualquer organização, estrutura ou planejamento. Era quase brincadeira de criança. Quando a coisa esquentava e acavalaria da PM aparecia, corríamos para a escola e empilhávamos as mesas e as cadeiras das salas de aula nas escadas da faculdade, como se fossem barricadas. Outra tática era usar bolinhas de gude e rolhas para derrubar os cavalos.”