A Secretaria Municipal da Educação, através de um comitê específico de trabalho, prepara orientações que serão detalhadas numa instrução normativa para a volta às aulas presenciais nas unidades da rede municipal de ensino, quando isso for possível. A secretaria também integra o grupo de debates do Estado para o mesmo fim.
Por enquanto, a suspensão das aulas segue até 31 de agosto, porém, a data exata do retorno presencial para professores, funcionários e estudantes depende da evolução do quadro epidemiológico na cidade. O prazo iria até 3 de agosto, mas foi estendido devido ao quadro do novo coronavírus em Curitiba.
A secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila, explica que, quando for possível o retorno das atividades em escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), a rotina será bem diferente, pois ainda serão necessárias precauções em termos de distanciamento social e higienização.
“Trabalhamos com o cenário de retorno escalonado, de revezamento, para que os ambientes não fiquem cheios. Os detalhes estão em análise. Voltarão primeiro os estudantes do Fundamental e, num segundo momento, ainda a ser definido, os pequenos de zero a cinco anos de idade (berçário, maternal e prés I e II). Isso porque para os mais velhos é mais fácil assimiliar e respeitar regras de distanciamento, eles sabem lavar as mãos sozinhos, passar álcool, usar máscaras, enfim, conseguem seguir melhor as regras”, esclarece a secretária.
Mesmo para o Fundamental, parte dos alunos assisitirá às videoaulas durante determinados dias e parte das aulas será presencial.
“Portanto, em Curitiba, a reabertura começa pelas 185 escolas e depois segue para os 230 CMEIs, em momentos a serem avaliados. E mesmo com o retorno parcial, temos protocolos de higienização e normas diferenciadas para organização das unidades, como intervalo em horários diferentes, para evitar aglomerações, e proibição do uso de bebedouros coletivos, por exemplo. Claro que o uso de máscaras e higienização das mãos será obrigatório”, comenta Maria Sílvia.
A Secretaria Municipal da Educação está encaminhando às unidades Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras e face shields, além de totens de álcool gel, entre outros materiais.
“As crianças, estudantes e profissionais terão uma rotina diferente ainda devido aos cuidados necessários por causa da pandemia do coronavírus, e a secretaria passará todas as orientações e suporte necessários”, reforça Maria Sílvia.
TV Escola Curitiba
Desde 13 de abril, crianças e estudantes da rede municipal de ensino acompanham os conteúdos pelas videoaulas produzidas pela Secretaria Municipal da Educação, na TV Escola Curitiba.
Estão disponíveis propostas da educação infantil e videoaulas de matemática, língua portuguesa, robótica, geografia, educação física, arte, ciências, história, ensino religioso, práticas da educação integral, literatura, direitos humanos e família, programa Linhas do Conhecimento, Curitibinhas Poliglotas, além da Educação de Jovens e Adultos (EJA). São 13h de programação diária.
Maria Sílvia explica que, mesmo quando o retorno presencial for viável, a TV Escola continuará no ar como opção. “Isso porque esse é um retorno que os pais vão ter que optar, pois não temos vacina por enquanto. É uma obrigação nossa dar a opção às famílias de voltar ou não, então as videoaulas seguirão como opção”, afirma.
Para acessar, é só ligar a TV no canal 9.2 UHF da TV Paraná Turismo, 4.2 da Rede Massa em Curitiba, das 8h às 21h, ou assistir diretamente pelo computador, tablet ou celular, no YouTube.
Desde a estreia, são 15,1 milhões de visualizações e 94 mil inscritos no canal.