A resolução do Conselho Nacional de Educação, aprovada nesta terça-feira, dia 06 de outubro, estendeu a permissão de atividades remotas para o ensino básico na educação pública e particular até o final de 2021. Em resposta, o Ministério da Educação (MEC) lançou, nesta quarta-feira, dia 07 de outubro, um guia com orientações à volta às aulas presenciais, para que os próprios Estados e municípios planejem a reabertura das escolas. Contudo, o desafio da educação à distância ainda assombra professores, pais, responsáveis e alunos.
A formação de professores para o uso de novas tecnologias ainda é um grande desafio para o sistema educacional brasileiro. Contudo, o repensar pedagógico deve ser uma atitude diária na vida acadêmica e profissional das escolas. “Como profissionais da educação, é essencial atuarmos conforme a necessidade e prática dos nossos alunos. É preciso quebrar paradigmas, metodologias e encaminhamentos”, afirma Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga especialista em gestão escolar e educação inclusiva.
Segundo a mestre em Educação, a metodologia educacional deve ser constantemente discutida para que novos materiais sejam inseridos na plataforma de maneira lúdica e auto visual para a autonomia do aluno. Da mesma forma, é essencial que os professores entendam a necessidade de um novo olhar pedagógico ao desenvolver suas aulas, a fim de aproximar o conteúdo à realidade das crianças e adolescentes. “Não é somente dar aula frente as câmeras, mas sim levar dinamicidade e ludicidade aos alunos a partir de estratégias diferenciadas, como contação de histórias, jogos e brincadeiras, músicas, entre outros. É preciso encantamento para esse momento atual”, explica ela.
Para Ana Regina, além das tendências de desenvolvimento de recursos tecnológicos voltados para a educação, questões como segurança, comodidade e autonomia também são influenciadores neste processo. “O ensino à distância é também considerado um recurso de desenvolvimento da autonomia do aluno”, completa a especialista.