Estadão Conteúdo
Em 14 cenários avaliados pela pesquisa, Lula teria 44,5% das intenções de voto se disputasse o segundo turno contra o tucano Geraldo Alckmin, que teria 22,5%. Com Bolsonaro, Lula atingiria 44,1% das intenções de voto e o deputado chegaria a 25,8%. Se tiver na disputa, Lula é o que tem mais chances de vitória contra qualquer outro candidato.
Sem Lula, Bolsonaro teria 26,7% contra 24,3% do tucano. Com Marina Silva (Rede), o deputado teria 27,7% e a ex-senadora teria 26,6%. Contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), num segundo turno, Bolsonaro teria mais chances ainda: 32,2% contra 9,4% de Maia na pesquisa estimulada.
Na pesquisa espontânea, onde não é informado ao entrevistados as opções de escolha, Lula aparece num cenário de primeiro turno com 18,6% das intenções de voto e Bolsonaro com 12,3%. Ciro Gomes (PDT) aparece com 1,7% e Alckmin com 1,4%. Segundo o levantamento, 20,4% dos consultados disseram que votariam em branco e 39,7% aparecem como indecisos.
Rejeição
Sete pré-candidatos à Presidência aparecem com índice de rejeição alto pelo eleitorado. Temer não receberia o voto "de jeito nenhum" de 88% dos entrevistados. Maia não teria o voto de 55,8% dos eleitores, seguido de Marina (53,9%), Bolsonaro (50,4%), Alckmin (50,7%), Ciro (47,8%) e Lula (46,7%).
Embora Lula tenha a menor rejeição entre sete possíveis adversários na disputa, 52,1% dos entrevistados concordaram com a condenação de Lula em segunda instância, contra 37,6% que disseram que ele deveria ter sido inocentado.
Para 52,5%, o petista não deveria disputar as eleições e 43,3% acreditam que ele deveria ser autorizado pela Justiça Eleitoral a participar do pleito.
Caso Lula seja impedido de disputar as eleições, 54,2% disseram que não votariam em alguém indicado por ele. Segundo o levantamento, 26,4% disseram que dependendo do indicado, poderiam votar e 16,4% votariam em qualquer candidato indicado pelo petista.
A pesquisa CNT/MDA ouviu 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões do País. A pesquisa foi feita entre 28 de fevereiro a 3 de março. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais com 95% de nível de confiança.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil