A estiagem em Curitiba vem revelando mais do que a necessidade de sensibilização da população para a economia de água. Quem passa pela Represa do Passaúna, que está quase vazia, encontra uma série de resíduos descartados indevidamente no local.
Placas de trânsito e carcaças de veículos, quadros de bicicleta e também aquele lixo mais facilmente visto – plásticos, garrafas, latinhas e pneus – estão sendo retirados por uma equipe Amigo dos Rios, da Limpeza Pública, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
“O trabalho ainda deve seguir até amanhã. Nosso planejamento é fazer a limpeza desde a ponte da Avenida Eduardo Sprada até a chaminé, no final do Passaúna, dentro do município de Curitiba”, conta o diretor de Limpeza Pública, Edélcio Marques dos Reis.
São cerca de 20 pessoas da equipe especializada em limpeza de rio no serviço, todas usando os equipamentos de proteção do dia a dia, além de máscaras.
Telhas e mais telhas
Na área do parque, o Departamento de Parques e Praças também atua na limpeza. Por lá, os resíduos mais retirados do lago foram as telhas que cobriam as pontes até pouco tempo atrás.
“Já sabíamos que as coberturas eram alvos frequentes de vandalismo, por isso optamos pela sua retirada na reforma das estruturas no último mês de fevereiro”, explica o diretor de Parques e Praças, Jean Brasil.
Até agora, foram seis metros cúbicos de entulhos. Além das telhas, garrafas, latas e troncos.
Quase seco
A imagem dos trabalhadores em meio ao que há poucos meses era a represa cheia deve ser um incentivo à medidas para economia de água pela população. A higiene é fundamental em tempos de pandemia, mas deve-se usar o recurso apenas para o que é necessário.
Não lave carros, feche a torneira quando não estiver utilizando e, quando for possível e não houver necessidade de água potável, opte por água de reúso.