Foram nove meses de uma gestação (início do processo de impeachment) complicada, tumultuada e marcada pelos ataques mútuos, crise, desemprego, traição, falta de dialogo, enfim problemas comuns e que levam ao divorcio a maioria dos casais em todo mundo. Para muitos, a chegada de um bebê (leia-se segundo mandato) é sinônimo de muita felicidade e maior união entre o casal. Para outros, pode ser um período onde os conflitos afloram com mais intensidade e, se o casamento já não ia bem, qualquer questão resulta na separação.
No caso do casal Dilma e Temer, cujo casório contou com mais de 52 milhões de convidados, onde fizeram “juras de amor eterno”, não foi uma questão qualquer ou uma simples “marolinha”. E sim uma crise sem precedentes, motivada por peripécias contábeis, erros políticos, econômicos e estratégicos, o que comprova pesquisa recente feita por uma universidade norte-americana que coloca as finanças no topo das causas dos mais de 140 mil casamentos que são cancelados todos os anos no Brasil.
Ao contrário dos globais Bonner e Fátima Bernardes, cujo divórcio corre de maneira amigável, a separação do casal presidencial ocorreu de forma litigiosa e está longe de acabar, uma vez que a noiva recorreu à instância superior. O que também não deve acabar tão cedo são os ataques e acusações pessoais. De um lado, a “noiva” impopular e desajeitada dizendo-se vítima de um golpe do noivo espertalhão, que numa jogada de mestre abocanhou todos os bens, desalojou a mesma da residência oficial e ainda ameaça deixa-la sem a pensão alimentícia (direitos políticos).
Já o “noivo” nega que tenha dado golpe e atribui o desgaste do casamento ao fato de sua excelentíssima esposa ter perdido o controle dos gastos da família, permitindo inclusive o descaminho de alguns filhos, envolvidos em escândalos de corrupção. O caso é que as consequências de uma vida conjugal arruinada vão desde o nível físico até o setor emocional, não somente do casal, mas também dos que o cercam.
O objetivo de nossa coluna não é de defender este ou aquele, mesmo porque minha saudosa mãe ensinou que em “briga de marido e mulher, não se mete a colher” – mas atenção essa máxima não vale para os casos de agressões ou maus tratos. Nosso objetivo é saber qual sua opinião sobre os aspectos que envolvem o divorcio presidencial. Houve golpe? Tudo não passou de uma farsa? Dilma colheu o que plantou? Já vai tarde? Você acredita que, daqui pra frente, tudo vai ser diferente? Vai melhorar ou piorar? Você acredita na continuidade da Lava Jato? Os políticos envolvidos serão punidos? Estamos à porta de um novo tempo? Ou tudo vai continuar como antes?