Em um lamentável episódio ocorrido no dia 17 de março, um domingo, uma confusão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Colombo tomou proporções alarmantes, culminando em violência física. O incidente, registrado em vídeo, expôs a dramática situação envolvendo funcionários da UPA e os familiares de Tereza de Lima Fernandes, uma idosa de 73 anos que havia sofrido um infarto e necessitava de atendimento médico urgente.
A desordem teve início quando Lucas, neto de Tereza, solicitou permissão para acompanhar sua avó durante o procedimento de atendimento. Uma recepcionista, aparentemente compreendendo a angústia da família, permitiu seu acesso ao local de atendimento. No entanto, essa decisão foi rapidamente contrariada por um segurança, que vetou a entrada de Lucas. Diante da proibição, Lucas tentou forçar sua entrada no intuito de estar ao lado de sua avó, desencadeando uma série de eventos tumultuosos.
Mônica Lameo, filha da paciente e mãe de Lucas, interveio na tentativa de apaziguar a situação, mas acabou sendo agredida. Ela relatou ter sofrido ferimentos no braço e afirmou ter sido agarrada com força durante o conflito que se instaurou na UPA. Lucas também não saiu ileso; além de enfrentar a resistência física, ele sofreu ferimentos na boca e relatou que um dos médicos presentes tentou imobilizá-lo utilizando uma técnica de contenção conhecida como mata leão.
Tentamos contato com a assessoria de imprensa e não tivemos resultado. Porém, após conseguir, fomos questionados pela assessoria, da qual entramos em contato. No questionamento, ela indaga: “Não responde os meus questionamentos e ainda quer respostas?”, “Vc vai mostrar qual versão?”, “De apenas um lado?” E após enviar a nota da qual insistimos, ironicamente a jornalista da prefeitura fala: “Parabéns pelo jornalismo que vc faz”.
Segue a nota oficial da Prefeitura de Colombo
A Prefeitura de Colombo, informa que já disponibilizou as imagens das câmeras de segurança da UPA 24h do Alto Maracanã, para a Delegacia de Polícia Civil do município que trata do atendimento a paciente que chegou em parada cardiorrespiratória (PCR) no último domingo (17) na unidade de saúde.
Que a Prefeitura, lamenta e repudia a agressão sofrida pelos profissionais da UPA 24h do Alto Maracanã.
Que diante das imagens das câmeras de segurança, vem tomando todas as medidas cabíveis, incluindo Boletim de Ocorrência – N° 2024/343550 registrado na delegacia pelos servidores agredidos.
Que as imagens do circuito interno de segurança da UPA 24H, mostra exatamente o contrário: o segurança e funcionários da unidade de saúde, é que foram agredidos pelos familiares da paciente.
A Prefeitura, através da secretaria de Saúde, vai agir com muito rigor em defesa dos servidores agredidos enquanto tentavam salvar a vida da paciente com parada cardiorrespiratória.
Ver essa foto no Instagram
O incidente tomou um rumo ainda mais trágico com o falecimento de Tereza de Lima Fernandes. A idosa, cuja condição de saúde exigia cuidados imediatos, não resistiu, deixando sua família e a comunidade em luto. O ocorrido levanta questões preocupantes sobre os protocolos de segurança e atendimento em unidades de saúde, além de sublinhar a necessidade de empatia e compreensão nas situações de emergência médica, onde a tensão e o desespero dos familiares se fazem intensamente presentes.