De acordo com o pesquisa feita a pedido do jornal Folha de S.Paulo pelo epidemiologista Pedro Hallal, professor da UFPel (Universidade Federal de Pelotas) e coordenador do Epicovid-19, o maior estudo epidemiológico sobre coronavírus no País, o Brasil poderia ter evitado pelo menos 5.000 mortes nos últimos meses caso o governo tivesse aceitado a oferta de vacinas da Pfizer, oferecida em agosto do ano passado.
A proposta feita pelo laboratório da Pfizer previa o envio de 70 milhões de doses, das quais 4,5 milhões seriam entregues ao país de dezembro a março -1,5 milhão em 2020 e 3 milhões no primeiro trimestre de 2021.
De acordo com o cálculo feito pelo especialista, em média 14 mil óbitos poderiam ter deixado de ocorrer considerando uma margem de erro que varia de 5.000 a 25 mil óbitos, caso as doses oferecidas tivessem sido adquiridas.
Além do número de internações em UTI que poderiam ter sido evitados, em média 30 mil, com uma margem de erro que varia entre 23 mil e 37 mil hospitalizações.