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Cidades Interativas: Inovação e tecnologia para transformar adversidade em oportunidade – Por Paulo Hansted

XV Curitiba
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No ano de 2020, a resiliência e a criatividade fizeram parte da rotina de todos. Independente de qual país do mundo você esteja, essas temáticas em algum momento passaram pela sua cabeça. Foi necessário internalizar que as mudanças no dia a dia poderiam ser uma grande oportunidade para sair da caixa e fazer coisas novas. Buscar alternativas e oportunidades para permanecer com a saúde mental intacta e, também, não perder espaço no mercado de trabalho nunca foi tão necessário.

Para o MCities não foi diferente, o ano começou cheio de expectativas e possiblidades. Após mais de um mês de visita oficial, a convite de um importante país europeu e uma agenda de reuniões com inúmeros prefeitos, retornamos ao Brasil com a missão de erguermos base e ativarmos nosso sistema a partir do mês de março naquele território. Encantadora a forma como fomos recebidos e tratados por lideranças políticas e empresariais. O entusiasmo pelo nosso conceito de cidades interativas, determinou a oferta de sede, convênios e outros benefícios, que somente um país daquele status de sensibilidade a inovação, poderia oferecer.

Em meio aos preparativos para navegar rumo ao velho e inovador continente, a notícia de que algo havia aportado antes de nós. O Covid-19 fazia as primeiras vítimas, lockdowns eram decretados e nosso diálogo com as lideranças, que alternavam informações desencontradas, nos davam uma certeza, o problema era grande, desafiador, nunca vivenciado por nossa geração.

Assim como uma tsunami, não demoraria muito para a onda chegar por aqui. E chegou. MCities nasceu com a disposição de sistematizar as cidade em forma de experiências, para as pessoas saírem mais, interagirem mais com tudo o que uma cidade pode oferecer e estimular o reencontro nos ambientes urbanos. No momento que fomos submetidos ao confinamento, nossa disposição pareceu contraditória. Porém, para nossa surpresa, os índices de acesso que ja eram gigantes, explodiram. As pessoas usavam MCities como forma de se sentirem conectadas com as coisas boas da cidade, algo como “se não posso sair às ruas, MCities traz as ruas para dentro da da minha casa”. Ali percebemos que nossa disposição de “humanizar a tecnologia”, de ser um agente de transformação dos grandes centros urbanos, ganhava horizontes e importância ainda maiores. Entendemos o recado dos usuários e agimos rápido. Fazendo uma revisão completa do nosso modelo de negócio, – toda e qualquer empresa com lucidez de comando deveria ter feito – mantivemos a disposição de sistematizar as cidades em forma de experiências, porém deixando agora, que os usuários tenham o poder de definir como querem viver as experiências propostas por nós – em casa, ou nas ruas. Nós temos que estar lá, oferecendo as alternativas, para que eles o façam de forma rápida e segura.

A complexidade do cenário, evidenciou outra importante base de sustentação. Fazer marketing do “novo normal” é prestar serviço. Quando se substitui a publicidade invasiva, por soluções de comunicação que entregam uma experiência útil para a vida das pessoas, cria-se relacionamento e valor superior. 

O distanciamento social, que era para ser restrito às ruas, acabou chegando às casas. Cercados de insegurança e incertezas, os maus hábitos adotados – acesso intenso a noticiário hostil, conflituoso, etc – fez os índices de violência familiar explodirem. Isto estabeleceu barreiras e o distanciamento entre paredes.

Dispostos a mostrar como a tecnologia e a inovação podem transformar adversidade em oportunidades, para todos saírem mais fortes, convocamos empresas parceiras e demos forma ao Movimento “O Que Conecta Você às Pessoas”. A agenda de conteúdos e atividades propostas, rapidamente levaram para dentro das casas estímulos coordenados a quebrar as más rotinas, e oferecer mais confiança e momentos de positividade. Percebendo o rápido efeito e cientes de que a batalha com o Covid será longa, alinhamos esforços também na direção de criar estímulos para a retomada da vida social nos ambientes urbanos, considerando apenas disposições que oferecem segurança para isto.

Com uma identidade de causa e efeito crescente, reforçamos a percepção de que inovar é estar atento para mudar rotas. É fazer da reinvenção, uma bandeira diária, é saber ouvir e agir com coragem disposição de exercer um papel de agente de transformação, comprometido não apenas com os horizontes corporativos, mas com os horizontes de toda uma sociedade, sempre para melhor.

*Paulo Hansted é CEO do MCities (www.mcities.com.br), empresa de inovação, comunicação e inteligência urbana.

 

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Posted by XV Curitiba
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