O fechamento do acordo entre Richa e Cida, que foi vice do tucano, ocorreu na sexta-feira, segundo o marido dela e seu articulador da campanha, deputado federal Ricardo Barros (PP). "Construímos a maior aliança, com maior tempo de TV, uma chapa muito forte de novas lideranças que querem se apresentar ao Paraná, assim como Cida", disse o parlamentar.
Até então, Cida tem nove partidos confirmados em sua chapa, o que deve dar a ela mais de cinco minutos de propaganda eleitoral nos veículos de comunicação. Ruídos na conversação com o PSDB quase fizeram com que ela perdesse outras legendas da chapa. Fiéis à Richa, PSB e DEM ameaçavam desembarcar da coligação caso o acordo com os tucanos não fosse fechado.
"Entre idas e vindas, muitas conversas, negociações, foi celebrada a aliança, que sai forte para a eleição, com partidos importantes que vão garantir bom tempo e espaço na televisão", disse Richa. Na semana passada, Barros declarou que não havia espaço para o PSDB na coligação, depois que Richa supostamente tentou rifar a candidatura de Alex Canziani (PTB) ao Senado na mesma chapa. Para o tucano, as turbulências "poderiam ter sido evitadas".
À imprensa, Barros não perdeu a oportunidade de cutucar o tucano, afirmando que a esposa terá de ser diferente da gestão Richa, um governo aberto e de combate à corrupção. Recentemente, o tucano foi bombardeado por investigações envolvendo sua gestão à frente do governo do Estado, o qual deixou em abril para disputar a vaga no Senado.
Ao chegar ao evento, Cida Borghetti declarou que sua proposta é manter uma "gestão eficiente, com o gabinete do governo de postas abertas, um governo ágil, que atenda os 399 municípios do Paraná".