Céu de Curitiba se ilumina com Lua, Vênus e Spica nesta quarta-feira

À medida que a noite cai nesta quarta-feira, 4 de setembro, os olhos voltam-se para o céu em uma expectativa rara e encantadora. Um trio celeste, composto pela Lua, Vênus e a estrela Spica, promete adornar o firmamento com um espetáculo de luz e cor. Este alinhamento, visível logo ao anoitecer na direção oeste, na constelação de Virgem, traz consigo não apenas beleza, mas também uma rica tapeçaria de história e ciência.

Infelizmente, os entusiastas do céu de Curitiba e região Leste podem enfrentar um obstáculo em sua contemplação. A nebulosidade prevista para esta noite, conforme indicações do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), ameaça obscurecer a visão deste conjunto astronômico. As nuvens, persistentes desde a manhã, devem continuar a velar parte do espetáculo natural.

Spica, a estrela deste trio, é notável não apenas por sua luminosidade branco-azulada e temperatura superficial de impressionantes 20.000 K. Ela também carrega um simbolismo especial em nosso país, representando o Estado do Pará na bandeira do Brasil, posicionada acima da faixa “Ordem e Progresso”. Essa estrela, que em 1889 marcava o território mais extenso acima do Equador, continua a brilhar como um farol de história e geografia nacional.

Além do trio, setembro reserva mais fenômenos para os aficionados por astronomia. Os planetas Saturno e Netuno estão em oposição, uma configuração onde a Terra se alinha entre eles e o Sol, proporcionando a melhor visibilidade destes corpos celestes. Durante a oposição, os planetas aparecem mais brilhantes e detalhados, ideal para observação através de telescópios ou até mesmo a olho nu, dependendo das condições do céu.

O espetáculo continua nos dias subsequentes, com a conjunção da Lua e Vênus, mantendo a tradição de encantar e inspirar todos aqueles que olham para o céu em busca de respostas ou simplesmente para admirar sua imensidão. Este evento não só destaca a beleza inerente ao universo, mas também serve como um lembrete da incessante dança celestial que ocorre sobre nossas cabeças.

Para os entusiastas que planejam observar esses eventos, é recomendável buscar locais com menor interferência luminosa e, claro, torcer para que as nuvens deem uma trégua, permitindo que o espetáculo celeste possa ser apreciado em toda sua glória.