“É uma Páscoa para ser uma passagem do tempo de doença para a plenitude da vida. Uma Páscoa em tempo de cura”, reforçou o prefeito.
O rito de celebração religiosa da Páscoa será diferente neste ano, em Curitiba. A mudança atende a recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das autoridades locais da área de saúde. A definição das medidas para proteger sacerdotes, ministros de eucaristia e fiéis do novo coronavírus se deu nesta quinta-feira (2/4), durante reunião entre o prefeito Rafael Greca, o padre Maurício Gomes dos Anjos, que representou o arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, e a diretora do Centro de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal da Saúde, Rosana Rolim Zappe, responsável pela Vigilância Sanitária.
As cerimônias católicas serão concentradas nas 140 paróquias matrizes da cidade. Na Sexta-feira Santa, próximo dia 10, a Santa Cruz será colocada em frente às igrejas e os padres darão a bênção aos fiéis dentro dos seus carros, obedecendo uma fila e repetindo o modelo drive thru realizado nos dias de vacinação.
No Domingo de Páscoa, dia 12, entre 9h e 12h, o mesmo sistema de carros com pessoas no seu interior e em fila será feito para a entrega da hóstia sagrada, que simboliza a comunhão pascal. E, ao meio-dia, os sinos das paróquias irão soar por quinze minutos em referência à ressurreição de Jesus Cristo.
Os padres que participarão da celebração irão usar máscaras-escudo sobres seus rostos e terão álcool em gel para passar frequentemente nas mãos. Os sacerdotes também não irão tocar nas pessoas ao entregar a hóstia. Aos fiéis será oferecido o álcool em gel sempre antes da recepção da hóstia.
A intenção em adotar essas medidas é evitar aglomeração dentro do espaço das paróquias e a aproximação física dos fiéis. Cuidados essenciais para barrar o avanço da covid-19.
Medidas adequadas
O prefeito Rafael Greca ressaltou que será uma Páscoa diferente, mas adequada às exigências sanitárias do momento de combate contra o novo coronavírus.
“Reunido com o padre Maurício Gomes dos Anjos, reitor do Santuário Sagrado Coração de Jesus, no Água Verde, e com a Rosana Rolim Zappe, a chefe do nosso serviço municipal de vigilância sanitária, definimos os preparativos de Curitiba para a Semana Santa que se aproxima. Será uma Páscoa diferente, mas agradável ao coração de Jesus”, disse. Greca lembrou que o período já tem um significado de mudança. “É uma Páscoa para ser uma passagem do tempo de doença para a plenitude da vida. Uma Páscoa em tempo de cura”, reforçou o prefeito.
As medidas definidas estão de comum acordo com o ritual da Igreja Católica e com a vigilância sanitária. “É um momento de oração e de muito sacrifício. É forma que nós encontramos para que a Páscoa não passe em branco, porque precisamos da divina proteção, mas também não pode ser uma ocasião de infração das normas sanitárias impostas por este momento”, concluiu Greca.