O cavalo Caramelo, que ficou conhecido nacionalmente após ser resgatado das enchentes no Rio Grande do Sul, continua sua recuperação no hospital veterinário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) em Canoas. O animal ficou ilhado por cinco dias sobre o telhado de uma casa no bairro Mathias Velho, tornando-se um símbolo de resiliência em meio à tragédia.
Caramelo foi salvo no dia 9 de maio, e desde então, vem recebendo cuidados veterinários especializados. No momento do resgate, ele estava cerca de 50 kg abaixo do peso ideal, mas já recuperou aproximadamente 30 kg. Além do ganho de peso, o cavalo passou por uma revisão odontológica e outros procedimentos necessários para sua recuperação completa.
A Ulbra, que tem atuado intensamente durante a crise, informou que já atendeu mais de 3 mil animais afetados pelas enchentes, devolvendo-os aos proprietários após alta médica e verificação de propriedade. No caso de Caramelo, a situação é mais complexa, com 11 pessoas reivindicando a propriedade do cavalo desde seu resgate. Entre elas, Sérgio Padilha, que afirmou ter reconhecido marcas específicas no animal, mas ainda não conseguiu comprovar oficialmente a posse.
Enquanto a identificação do verdadeiro dono não é concluída, Caramelo permanece sob os cuidados do hospital veterinário.
O resgate de Caramelo mobilizou equipes do Exército e bombeiros de São Paulo, que, após sedar o animal, o transportaram em segurança utilizando um bote. A operação foi acompanhada por veterinários para garantir o bem-estar do cavalo durante todo o processo.
Durante o tempo em que ficou ilhado, Caramelo desenvolveu algumas lesões na pele e nos músculos, além de uma ferida na pata traseira direita. As marcas em seu corpo sugerem um passado de trabalho árduo, possivelmente puxando carroças.
