Categoria: Curitiba

Notícias e informações sobre Curitiba, com cobertura diária de fatos, serviços, mobilidade urbana, segurança, política local, cultura, eventos e temas que impactam o dia a dia da capital paranaense.

  • Governo começará a aplicar multa de R$ 100 mil por hora parada

    Governo começará a aplicar multa de R$ 100 mil por hora parada

    O ministros Carlos Marun, da Secretaria de Governo da Presidência da República, informou hoje (26) que o governo começará a aplicar multas no valor de R$ 100 mil por hora parada a quem descumprir o acordo firmado para desbloqueio das rodovias. Acrescentou que a Polícia Federal já tem inquéritos abertos para investigar a origem do movimento e que já existem até mesmo pedidos de prisão.

    Marun concedeu entrevista após reunião, no Palácio do Planalto, com o presidente Michel Temer e ministros que integram o gabinete de crise, para avaliar a situação nas rodovias federais.

  • Seis Sacolões da Família fechados neste sábado. Nossa Feira não abre na segunda

    Seis Sacolões da Família fechados neste sábado. Nossa Feira não abre na segunda

    A disparada dos preços dos alimentos na Ceasa, por conta da paralisação nacional dos caminhoneiros, irá obrigar o fechamento, neste sábado (26/5), de seis Sacolões da Família da Prefeitura. São pequenas e médias unidades que não estão conseguindo repor estoques de frutas e verduras por conta da reduzida oferta no atacado e o aumento excessivo dos preços.

    “Essa disparada nos preços impede que muitos donos de sacolões comercializem frutas e verduras, pois o programa trabalha com um preço máximo de R$ 2,29 o quilo”, explica o secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, Luiz Gusi.

    Neste sábado, estarão fechados os sacolões Monteiro Lobato, Caiuá, Santa Cândida, Oficinas, Santa Efigênia e Santa Felicidade.

    Irão funcionar os pontos do Carmo, Boqueirão, Osternack, Vila Sandra, Jardim Paranaense, Pinheirinho e Fazendinha. O Sacolão da Família do Boa Vista funcionará em horário reduzido, das 8h às 10h.

    A unidade do Bairro Novo está fechada para reformas desde o começo do mês.

    Outros estabelecimentos

    Feiras e mercados vão funcionar, neste sábado, mas com variedade e volume de alimentos reduzidos. Já há falta, principalmente, de cebola, batata, aipim, beterraba, pepino japonês, pimentão, abobrinha, inhame, manga, goiaba e caqui, além de pescados.

    Muitos comerciantes de feiras, inclusive, podem deixar de trabalhar devido à falta de frutas e verduras. “Há casos de feirantes que estão indo comprar hortaliças diretamente com os agricultores na Região Metropolitana de Curitiba”, conta Gusi.

    Quinto dia da greve

    Mesmo com oferta reduzida de alimentos, a maioria dos Sacolões da Família da Prefeitura funciona em horário normal, nesta sexta-feira (25/5), quinto dia da greve nacional dos caminhoneiros. Apenas a unidade de Santa Felicidade fechou, no começo da tarde, por falta de hortifrutigranjeiros para vender.

    O Sacolão da Família do Santa Cândida irá encerrar as atividades uma hora antes, às 19h30. Feiras e mercados também estão abertos em horário normal, mas com oferta reduzida de produtos. Os pontos do programa Nossa Feira da CIC e do Boa Vista não funcionam, nesta sexta, por conta da paralisação.

    Como boa parte das frutas e verduras vendidas nas feiras, mercados e sacolões é adquirida da Ceasa, desde a última segunda-feira (21/5) comerciantes destes estabelecimentos da Prefeitura estão vendo seus estoques reduzirem dia a dia e os preços, por outro lado, dispararem. “Só a batata teve um aumento de mais de 100% nestes dias”, exemplificou a feirante Sidnéia Hitomi Bernardi, dona de uma banca de frutas e hortaliças no Mercado Municipal.

    No caso dos pontos do Nossa Feira, eles estão fechados desde quarta-feira (23/5) por conta da dificuldade das cooperativas de adquirir frutas e verduras que não são produzidas pelos agricultores associados. As cooperativas já confirmaram que os pontos da Praça 19 de Dezembro, no Centro, e do Jardim Primavera, no Uberaba, não abrem na próxima segunda-feira (28/5).

  • Cida pede estudo para suspender cobrança de pedágio durante greve

    Cida pede estudo para suspender cobrança de pedágio durante greve

    A governadora Cida Borghetti determinou que a Agepar (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná) estude a viabilidade da suspensãoão da cobrança de pedágio do eixo suspenso dos caminhões enquanto durar a crise de desabastecimento de combustível e o impacto que a não cobrança iria produzir nas tarifas.
  • “O consumidor não precisa se desesperar”, diz o Superintendente da Associação de Supermercados do Paraná

    “O consumidor não precisa se desesperar”, diz o Superintendente da Associação de Supermercados do Paraná

    Por precaução, devido à greve dos caminhoneiros, muitos cidadãos de Curitiba e do Paraná, estão causando um movimento maior nos supermercados da capital e do estado com o objetivo de estocar comida para os próximos dias.
     
    A aposentada Joana Andrade, de 72 anos, disse ter encontrado uma situação bem tranquila no mercadinho do seu bairro onde costuma fazer suas compras. “Como eu moro sozinha fui e comprei pouca coisa, tava bem tranquilo, consegui comprar tudo que eu queria. Mas mesmo assim fico preocupada com toda essa situação.”
     
    Para o Superintendente da Associação de Supermercados do Paraná (APRAS), Valmor Rovaris, não há motivo para desespero. “No estado são 4500 lojas para atender o consumidor. Nesse contexto, uma ou outra empresa está em situação mais crítica por causa da sazonalidade, especialmente no setor de legumes e verduras.”
     
    Sobre os produtos não perecíveis como arroz, feijão e macarrão, Rovaris comenta que também não há motivo para alarme. “Se não encontra em uma loja, encontra em outra. Às vezes o produto não é da marca que você quer, mas pode ser substituído por outra. E as grandes redes também possuem um estoque maior de carnes. Curitiba está bem abastecida e tem o suporte de centros de distribuição que ficam localizadas próximos a cidade.”
     
    O superintendente orientou, portanto, que as pessoas “não se precipitem e comprem dentro do normal. Dificilmente irá faltar mercadorias, somente se a greve se prolongar por mais de 10 dias.”
     
    Segundo ele, os produtos não perecíveis têm estoque para mais de 15 dias e os perecíveis começaram a faltar em alguns lugares, a partir da quinta-feira da semana que vem. Em nota divulgada no dia 23 de maio de 2018, a Associação Paranaense de Supermercados (APRAS) informou que, “(…) mesmo com o esforço do setor de supermercados para garantir o perfeito abastecimento da população, empresas filiadas à APRAS reportaram que já começam a ter seus estoques de produtos comprometidos.”
     
    Confira na íntegra a nota da APRAS sobre a greve: http://www.apras.org.br/noticias/nota-oficial-apras-greve-dos-caminhoneiros/
     
    Foto: Ilustrativa
  • Temer autoriza uso de forças federais para desbloquear rodovias

    Temer autoriza uso de forças federais para desbloquear rodovias

    O governo federal autorizou o uso de forças federais de segurança para liberar as rodovias bloqueadas pelos caminhoneiros caso as estradas não sejam desbloqueadas pelo movimento. O anúncio foi feito há pouco pelo presidente Michel Temer, em pronunciamento no Palácio do Planalto. A decisão foi tomada após reunião no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que contou com a participação de ministros e do presidente.

    "Quero anunciar um plano de segurança imeadiato para acionar as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e estou solicitando aos governadores que façam o mesmo. Não vamos permitir que a população fique sem os gêneros de primeira necessidade, que os hospitais fiquem sem insumos para salvar vidas e crianças fiquem sem escolas. Quem bloqueia estradas de maneira radical será responsabilizado. O governo teve a coragem de dialogar, agora terá coragem de usar sua autoridade em defesa do povo brasileiro." 

    Ontem (24), os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Eduardo Guardia (Fazenda) e Carlos Marun (Secretaria de Governo) anunciaram acordo para suspensão dos protestos da categoria por 15 dias,. Depois disso, as partes voltarão a se reunir.

    Hoje (25), no entanto, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que ainda não registra desmobilização de pontos de manifestação de caminhoneiros nas rodovias do país. O ministro Eliseu Padilha disse também nesta sexta-feira que o governo confia no cumprimento do acordo firmado ontem com as lideranças do movimento.

    Em seu pronunciamento, Temer disse que é uma "minoria radical" que está impedindo que muitos caminhoneiros cumpram o acordo e voltem a transportar mercadorias.

    A decisão de suspender a paralisação não foi unânime. Das 11 entidades do setor de transporte, em sua maioria caminhoneiros, que participaram do encontro, duas delas, a União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) e a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que representa 700 mil trabalhadores, recusaram a proposta.

    Hoje a associação divulgou nota na qual afirma que, ao contrário de outras entidades, "que se dizem representantes da categoria, a Abcam, não trairá os caminhoneiros". "Continuaremos firmes com pedido inicial: isenção da alíquota PIS/Cofins sobre o diesel, publicada no Diário Oficial da União", diz o texto.

  • Motoristas de vans de Curitiba fazem carreata em apoio à greve dos caminhoneiros

    Motoristas de vans de Curitiba fazem carreata em apoio à greve dos caminhoneiros

    Na manhã desta sexta-feira (25) mais uma carreata foi realizada no estado do Paraná, desta vez em Curitiba, contamos com motoristas de vans de transporte escolar, de passageiros, de frete e de turismo. O objetivo é apoiar à greve dos caminhoneiros por todo Brasil.
     
     
     
     
     
     
     
     
    O ponto de partida foi ao lado do Museu Oscar Niemayer, às 8h, percorrendo alguns bairros da região em direção ao Parque Barigui. A manifestação foi organizada pelo Sindicato dos Operadores de Transporte Escolar em Curitiba (Sindotec) e contou com o apoio de outras entidades do setor.
     
    Segundo informações do presidente da Associação das Empresas de Vans do Estado do Paraná (Associvans-PR), Mestre China (como é conhecido), mais de cinco mil empresários do setor, que atuam no Paraná, aderiram à greve e estão se mobilizando em diversas cidades do estado em apoio aos caminhoneiros. “Uma luta que é de todos nós brasileiros contra os altos preços dos combustíveis, contra vários impostos para podermos trabalhar, com o objetivo também de combater a corrupção.”
     
    Ele alerta ainda que se o governo não atender as solicitações dos caminhoneiros, haverá uma paralisação geral do setor de transporte de passageiros marcada para dia 06 de junho de 2018 em todo Brasil. “Grande parte dos trabalhadores do transporte de passageiros é oriundo do transporte de carga em rodovias, então temos que estar unidos. O momento é de fazer algo, não podemos nos acomodar.”
     
    Portanto, segundo ele, a classe está unida na luta dos caminhoneiros e permanecerá em greve até que a situação seja resolvida. “Em Curitiba somos mais de 800 permissionários somente do transporte escolar. Só vamos fazer o transporte se não houver retaliações pelas entidades que nos fiscalizam e também se não houver transtornos junto com os nossos colegas de transporte de rodovias.”
     
    Foto: Paula Bastos
  • Iluminação cênica destaca monumentos e parques nas noites curitibanas

    Iluminação cênica destaca monumentos e parques nas noites curitibanas

    A Secretaria de Obras Públicas está investindo na iluminação cênica dos monumentos de Curitiba. Iniciado em 2017, o programa que melhora a iluminação de parques, praças e outras referências da cidade tem continuidade em 2018. Até agora foram investidos R$ 800 mil neste trabalho.

    "Nossos monumentos também precisam ser valorizados, conforme diretriz do prefeito Rafael Greca", afirmou o secretário de Obras Públicas e vice-prefeito Eduardo Pimentel. Ele explica que, com o uso de sistemas de iluminação mais eficientes, a Prefeitura garante a economia e melhora a qualidade da iluminação.

    "A iluminação dos espaços turísticos da cidade e dos que são referências importantes nos bairros fazem parte do programa desenvolvido para melhorar a luminosidade dos parques, das praças e dos bairros de Curitiba”, disse Pimentel. “Além da economia para o município, o objetivo é garantir segurança para que as pessoas ocupem os espaços públicos”, completou.

    Depois de espaços como o Jardim Botânico, o Parque Tanguá, a Capela Santa Maria, o Teatro do Paiol, o Portal de Santa Felicidade, o prédio da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Praça Santos Andrade, nos próximos meses será feita a iluminação cênica da igreja do Memorial Ucraniano, no Parque Tingui, e do Portal Polonês, próximo ao Bosque do Papa, no Centro Cívico.

    O Mirante Belvedere do Parque Tanguá também já está de iluminação nova desde o aniversário de Curitiba, em março deste ano. Foi implantada luzes cênicas inéditas, com iluminação da lâmina de água, das torres e das escadarias. Neste mês de maio foi concluída a parte da pista de caminhada que dá acesso ao túnel do paredão de pedras do parque.

    Turismo

    O diretor do Departamento de Iluminação Pública, Tony Malheiros, explica que a iluminação não é apenas funcional. "Os monumentos de Curitiba também são atrativos turísticos. Quando fazemos a iluminação cênica, fomentamos o turismo na nossa cidade, a economia, embelezamos a cidade", explicou Malheiros.

    O Jardim Botânico, atração turística mais visitada de Curitiba, foi o primeiro espaço a receber a atenção da Prefeitura de Curitiba, no início da gestão. A estufa voltou a ter iluminação depois de mais de um ano no escuro. Os projetores de led permitem a troca de cores, o que garante a decoração da estufa em datas comemorativas, como o aniversário de Curitiba, o Outubro Rosa, o Novembro Azul, a Semana da Pátria.

    A iluminação dos acessos, do estacionamento, das pistas de caminhada do bosque do Jardim Botânico e também do velódromo foi reformada para garantir a segurança e o conforto dos frequentadores.

    No Memorial Ucraniano do Parque Tingui, no bairro São João, foi feita a troca dos postes com a instalação de novos, passando de quatro para 14 postes, para aumentar a eficiência luminosa e reduzir o consumo de energia. Toda a rede de cabos subterrâneos, com cerca de 300 metros, também foi substituída. As melhorias deixaram a pista de caminhada mais clara e iluminaram o portal de forma mais adequada.

    Seminário

    Conhecida como Fonte de Jerusalém (Fonte dos Anjos), o monumento da Praça Pedro Gasparello, no Seminário, recebeu projetores de led e novas luminárias, mais potentes. A Secretaria do Meio Ambiente tem mantido a limpeza do espaço e o seu paisagismo. A Fonte de Jerusalém foi inaugurada em 1995, no primeiro mandato do prefeito Rafael Greca. Ela foi construída em comemoração aos três mil anos da cidade israelense sagrada para as três mais antigas religiões monoteístas – judaísmo, islamismo e cristianismo.  

    Centro Cívico

    No novo espaço cultural Largo da China, localizado no Centro Cívico, foi feita a iluminação da estátua do filósofo chinês Confúcio (551 – 479 a.C), escultura do artista Wu Weishan doada pelo governo chinês para a cidade. 

    A Secretaria de Obras Públicas também iluminou os painéis do artista Poty Lazzarotto, na Travessa Nestor de Castro, onde embarcam e desembarcam passageiros de diversas linhas de ônibus, o da Praça 29 de Março e o painel do artista Rogério Dias, na Praça Rio Iguaçu, no Centro Cívico.

    Mais luz

    Também foram iluminadas casas históricas, como a Casa Hoffman, igrejas do centro histórico, do Portão e do Boqueirão, as esculturas do Homem Nu e da Mulher Nua na Praça 19 de Dezembro, o Cine Passeio, na Rua Riachuelo, a Praça do Japão, o Memorial Árabe, o Paço da Liberdade, a imagem de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, na Rua Barão do Serro Azul, o Farol das Cidades e o Farol do Saber da Casa de Leitura Miguel de Cervantes, na Praça Espanha. Também foi feita a iluminação da torre de cronometragem do Parque Náutico, no Boqueirão.

  • Protestos de caminhoneiros continuam mesmo após acordo anunciado pelo governo

    Protestos de caminhoneiros continuam mesmo após acordo anunciado pelo governo

    Mesmo após acordo com o governo fechado na noite desta quinta-feira, 24, caminhoneiros mantêm protestos pelo Brasil. Há bloqueios nos dois sentidos da rodovia Anhanguera, em São Paulo. Às 7h, era registrada interdição, no sentido capital, de uma faixa e do acostamento no km 148. No sentido interior, havia fechamento da faixa também no km 148. A CCR AutoBan, concessionária que administra a pista, aconselha os motoristas a optarem pela rodovia dos Bandeirantes.

    A rodovia Régis Bittencourt (BR-116) permanece com três pontos de bloqueio. O tráfego está liberado para veículos leves, mas congestionamentos se formam nos trechos com protestos.

    Caminhoneiros também fazem protesto no Rodoanel de São Paulo, entre as rodovias Anchieta e Imigrantes. Os acessos ao Porto de Santos (SP) continuam bloqueados em razão das manifestações, tanto na margem esquerda, pela rodovia Cônego Domênico Rangoni, no Guarujá, quanto na margem direita, pela rodovia Anchieta, em Santos.

  • Governo e caminhoneiros chegam a acordo para suspender greve por 15 dias

    Governo e caminhoneiros chegam a acordo para suspender greve por 15 dias

    Os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Eduardo Guardia (Fazenda) e Carlos Marun (Secretaria de Governo) anunciaram há pouco, no Palácio do Planalto, que foi fechado acordo com entidades representantes dos caminhoneiros para suspensão dos protestos da categoria por 15 dias, quando as partes voltarão a se reunir. 

    Veja alguns pontos do acordo:

    –  Preço do diesel será reduzido em 10% e ficará fixo por 30 dias. O valor ficará fixo em R$ 2,10 nas refinarias pelo período

     – Os custos da primeira quinzena com a redução, estimados em $ 350 milhões, serão arcados pela Petrobras. As despesas dos 15 dias restantes ficarão com a União como compensação para a petrolífera.

    – A cada 30 dias, o preço do combustível será ajustado conforme a política de preços da Petrobras e fixado por mais um mês.

    – Não haverá reoneração da folha de pagamento do setor de cargas

    – Tabela de frete será reeditada a cada três meses

    – Ações judiciais contrárias ao movimento serão extintas

    – Multas aplicadas aos caminhoneiros em decorrência da paralisação serão negociadas

    – Entidades e governo terão reuniões períodicas

    – Petrobras irá contratar caminhoneiros autônomos como terceirizados para prestação de serviços 

     

  • Greve dos caminhoneiros paralisa  frigoríficos no Paraná

    Greve dos caminhoneiros paralisa frigoríficos no Paraná

    Os bloqueios nas rodovias de 20 estados brasileiros por conta da greve dos caminhoneiros já ameaçam o abastecimento de carne de frango e de porco. Pelos menos 120 dos 180 frigoríficos de todo o país estão paralisados. Ao todo, 175 mil trabalhadores foram mandados para casa e o prejuízo estimado apenas com as exportações que deixaram de ser feitas nestes quatro dias é de US$ 100 milhões, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

    O problema ocorre porque os frigoríficos dependem diretamente de combustível e outros insumos para funcionar. A Cooperativa Central Aurora Alimentos informou que vai paralisar totalmente as atividades de suas indústrias de processamento de aves e suínos em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. A BRF já suspendeu o funcionamento de quatro unidades e nove frigoríficos pelo mesmo motivo.

    Nas granjas, os animais correm o risco de começar a passar fome. Pelo menos um milhão de frangos e porcos estão ameaçados, alerta a World Animal Protection (WAP), uma ONG internacional que cuida do bem-estar dos animais. Segundo a ABPA, "os bloqueios impedem o transporte de ração, animais vivos e cargas refrigeradas".

    Os produtores explicaram que o estoque de ração nas granjas não é muito grande; é suficiente apenas para 3 ou 4 dias sem abastecimento regular. "A partir do quinto dia, os produtores já começam a intercalar a alimentação — dia sim, dia não; dois dias sim, um dia não — para não ter a falta total", explicou José Rodolfo Ciocca, gerente de agropecuária sustentável da WAP

    Mas há ainda um outro problema. Com a paralisação repentina, os frigoríficos, sem ter como dar vazão a seus produtos, suspendem o abate dos animais. "Começa a haver um acúmulo de animais na granja", explica Ciocca. "Os que já estão aptos para o abate continuam crescendo; isso aumenta a demanda por ração, reduz o espaço físico disponível por animal, gerando estresse e aumentando sua vulnerabilidade a doenças."

    Para se ter uma ideia do tamanho do problema, somente a Aurora Alimentos abate cerca de um milhão de frangos e 200 mil porcos por dia. Frigoríficos menores abatem 200 mil frangos diariamente A produção anual de frango no Brasil é de 6,5 bilhões e a de suínos, 44 milhões.

    Os animais que já se encontravam na estrada, em transporte, estão sofrendo com a paralisação, o calor e, eventualmente, a falta de alimentos.

    Neste primeiro momento, o problema afeta, primordialmente, a produção de porco e de frango. O gado bovino em geral é criado no pasto, com mais espaço e menos dependente de ração, e os produtores têm como contornar o problema mais facilmente. No entanto, milhares de litros de leite estão sendo jogados fora diariamente porque não há como fazer o transporte e tampouco se pode deixar de ordenhar as vacas sob o risco de desenvolverem doenças.

    "Estamos gerando um alerta para autoridades e governos para que se envolvam na elaboração de um plano de contingência nacional para casos como esse", afirmou Ciocca. "São milhares de vidas animais sob nossa tutela e não há um consenso ainda para liberar os caminhões de ração, por exemplo."