Carta revela que Edison Brittes ameaçou matar a ex-esposa antes da separação

Edison Brittes Júnior, condenado a 42 anos de prisão pelo assassinato do jogador Daniel Corrêa Freitas, volta a ser alvo de polêmica após o vazamento de uma carta em que, além de se declarar à ex-esposa, Cristiana Brittes, também a ameaça de morte. O conteúdo veio à tona pouco depois de Edison acusar publicamente Cristiana de ser a verdadeira mandante do crime que chocou o país em 2018.

As informações foram obtidas com exclusividade pelo Grupo Ric, que teve acesso à carta supostamente escrita por Edison ainda no período em que mantinha relação conjugal com Cristiana. No texto, ele diz ter tatuado o nome da então esposa como prova de amor, e admite ter acreditado que o relacionamento havia chegado ao fim. Apesar dos trechos comoventes, a carta também contém ameaças claras, que teriam sido feitas anos antes da separação oficial do casal.

A nova revelação surge após uma entrevista concedida por Edison Brittes à Record TV, veiculada no programa Balanço Geral Curitiba, na qual ele afirma que a decisão de matar Daniel foi influenciada por mensagens e áudios enviados por Cristiana. De acordo com o réu, enquanto dirigia com Daniel no carro, recebeu imagens enviadas pela esposa mostrando o jogador em situações comprometedoras durante a madrugada. Em seguida, teria recebido um áudio com a ordem explícita: “Mata!”.

“[A ideia] era largar ele em algum lugar, pelado, pra ele passar vergonha. Eu peguei a faca, sim, mas não com o intuito de matar ninguém. Quando eu vi a foto, as mensagens, foi ali que eu decidi [matá-lo]”, declarou Edison durante a entrevista.

O caso ganhou um novo desdobramento nesta terça-feira (27), quando o escritório Elias Mattar Assad, responsável até então pela defesa do casal, anunciou o encerramento de suas atividades junto a Edison e Cristiana Brittes. Em nota, os advogados justificaram a saída por “desentendimentos pessoais” entre os dois ex-companheiros.