O julgamento do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho, está marcado para os dias 27 e 28 de fevereiro, no Tribunal do Júri de Curitiba.
Quase nove anos após o acidente no bairro Mossunguê, em Curitiba, o réu terá a decisão do júri sobre as mortes de Gilmar Rafael Souza Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Souza, de 20. No dia da tragédia, Carli Filho estava com a carteira suspensa, com total de 130 pontos. Ele descolou do chão com seu veículo numa velocidade de 173 km/h, e caiu sobre o veículo das vítimas.
Durante a audiência, serão ouvidas cerca de 8 testemunhas, dentre elas pessoas que presenciaram o acidente, peritos particulares, funcionários do restaurante em que Carli Filho estava antes do acidente, e também o médico Eduardo Missel Silva, que junto da namorada, estava na companhia de Carli Filho no estabelecimento minutos antes do ocorrido.
O Júri não poderá usar materiais que possam influenciar na decisão dos jurados, como por exemplo, faixas, camisetas e adesivos com imagens ou mensagens que remetam ao caso.
Todos os interessados podem assistir o julgamento, mas devido a limitação de lugares disponíveis, serão distribuídas cerca de 200 senhas no dia 23 de fevereiro, às 13h30, na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba.
Serão escolhidos apenas sete jurados para compor o júri. Mas tanto a defesa, quanto a acusação, podem pedir a impugnação dos jurados até o julgamento, substituindo-os por suplentes que estarão à disposição do tribunal.
Em agosto de 2009 o Ministério Público do Paraná (MP-PR) fez uma denúncia criminal contra ele por duplo homicídio doloso eventual. Em 2011 foi confirmado pela Segunda Vara do Júri de Curitiba que ele deveria ser julgado por um júri popular, mas novos recursos levaram o caso até o Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a realização do júri em novembro do ano passado.