Cão agredido a machadadas no Cajuru morre após resgate; suspeito foi solto sem fiança

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Foto: Divulgação

Uma das cadelas resgatadas após sofrer agressões violentas no bairro Cajuru, em Curitiba, morreu nesta semana durante atendimento emergencial. O caso envolve um homem flagrado agredindo dois cães com pedras e um machado, e gerou forte comoção entre os profissionais que prestaram socorro. A revolta aumentou após a Justiça decidir pela soltura do suspeito, sem aplicação de fiança.

O resgate aconteceu na última segunda-feira (7), quando uma denúncia levou voluntários do Grupo Força Animal até a residência onde o crime ocorreu. Lá, encontraram duas cadelas feridas, em estado grave. Uma delas, batizada de Ângela, apresentava lesões mais profundas e, apesar dos esforços da equipe veterinária, não resistiu.

A dor da perda foi expressa por uma das médicas responsáveis pelo atendimento, que publicou um desabafo nas redes sociais lamentando não apenas a morte da cadela, mas também a sensação de impotência diante da decisão judicial. O suspeito, detido em flagrante, foi liberado sob a justificativa de não representar ameaça à sociedade, por possuir residência fixa e se tratar de um crime considerado de baixa gravidade.

Em nota publicada nas redes sociais, o Grupo Força Animal questionou a medida e destacou o impacto emocional que casos como esse causam nos profissionais envolvidos. Segundo a entidade, a decisão de soltar o agressor contrasta com a brutalidade do ato praticado e com a dor deixada nos que lutam diariamente pelos direitos dos animais.

Segue a nota da defesa:

Em relação às recentes alegações envolvendo o acusado, gostaríamos

de esclarecer que estamos cientes das acusações feitas, que envolvem

um incidente com um animal de estimação no dia 07/04 (segunda-feira)

Gostaríamos de reforçar que o nosso cliente nega veementemente

qualquer envolvimento em atos de violência e maus tratos contra o

referido animal que não foi morto pelo acusado e sim por outro animal.

Conforme verifica-se nas provas juntadas até o momento, o acusado é

inocente uma vez que o cachorro não morreu em virtude de

apedrejamento e sim de uma briga com outros animais.

O nosso cliente está comprometido com o cumprimento da lei e com a

defesa de sua integridade. Neste momento, ele está colaborando com as

autoridades competentes e confiamos que a verdade será esclarecida

em tempo oportuno.

Ressaltamos que qualquer manifestação pública será realizada com

base em informações confirmadas e que, até que a investigação seja

concluída, pedimos respeito à presunção de inocência, que é um direito

fundamental garantido pela Constituição Brasileira.

Fica claro que notícias inverídicas serão responsabilizadas

criminalmente.

Atenciosamente

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