Nesta segunda-feira, 7 de outubro, o cantor sertanejo Leonardo, cujo nome de registro é Emival Eterno da Costa, foi incluído na atualização mais recente da “Lista Suja” de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão. A inclusão do artista, juntamente com mais 176 nomes, destaca a gravidade do problema do trabalho escravo contemporâneo no Brasil.
A Fazenda Talismã, de propriedade de Leonardo, está localizada no município de Jussara, em Goiás, a cerca de 220 quilômetros de Goiânia, a capital do estado. De acordo com os dados divulgados, seis trabalhadores foram identificados como tendo trabalhado nas condições mencionadas na propriedade. Este episódio levanta questões importantes sobre a responsabilidade de empregadores e a proteção dos direitos dos trabalhadores no país.
Com a inclusão recente, a “Lista Suja” agora conta com um total de 727 nomes. A atualização revelou que 22 empregadores estão ligados ao segmento de produção de carvão vegetal, enquanto 17 pertencem ao setor de criação de bovinos, 14 estão envolvidos na extração de minerais e 11 atuam no cultivo de café e na construção civil, entre outros setores. Além disso, 85 empregadores foram excluídos da lista por completarem dois anos desde a inclusão, o que indica que cumpriram as exigências necessárias para a retirada.
A “Lista Suja” é atualizada a cada seis meses e, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a inclusão de empregadores ocorre apenas após a conclusão de um processo administrativo que investiga casos de trabalho análogo à escravidão. Isso resulta em uma decisão administrativa irrecorrível, enfatizando a seriedade com que o governo brasileiro aborda essa questão.