A distribuição de recursos do fundo eleitoral no Partido Liberal (PL) de Curitiba gerou uma onda de insatisfação entre os candidatos da sigla. Na última semana, uma polêmica se instaurou após Carlise Kwiatkowski, presidente do PL Mulher Paraná, receber R$ 500 mil para sua campanha eleitoral, provocando indignação entre seus colegas de chapa, especialmente os que ficaram de fora da divisão.
A principal crítica dos candidatos é que Carlise, que não possui uma base eleitoral consolidada em Curitiba, foi beneficiada com uma quantia elevada. Enquanto isso, figuras já conhecidas e com mandatos, como os vereadores Eder Borges e Rodrigo Reis, não receberam nenhum recurso. Para muitos, a situação é vista como injusta, já que, tradicionalmente, candidatos que ocupam cargos eletivos costumam ser priorizados na distribuição de verbas partidárias.
A situação gerou uma série de acusações dentro do partido, com a figura de Fernando Giacobo, deputado federal e líder do PL no Paraná, sendo apontada como responsável por favorecer Carlise Kwiatkowski. Carlise, que já teve laços com o ex-governador Beto Richa, é vista como uma das candidatas de maior prestígio dentro do partido, o que, segundo seus críticos, teria influenciado na escolha de direcionar uma verba tão alta para sua campanha.
Diante dessa situação, alguns candidatos do PL chegaram a sugerir o afastamento de Giacobo da presidência do partido no Paraná, alegando que a divisão dos recursos não foi justa e teria privilegiado apenas determinados nomes. A revolta é vista como uma possível ameaça à unidade interna do PL, especialmente em um momento em que o partido busca fortalecer suas bases e consolidar seus candidatos para as próximas eleições.
O embate dentro do PL ainda não teve um desfecho claro, mas o clima de insatisfação entre os candidatos excluídos da divisão de verbas eleitorais é um indicativo de que a questão pode se prolongar, afetando a harmonia interna da sigla e, possivelmente, sua estratégia eleitoral em Curitiba.