Por 8 a 7 votos, os vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) apoiaram a concessão da Cidadania Honorária de Curitiba ao filósofo Olavo de Carvalho. Para a homenagem póstuma se tornar lei, é preciso um novo resultado positivo em plenário no segundo turno, que está agendado para acontecer amanhã (5). Nesta terça (4), além dos 15 vereadores votantes, 7 parlamentares se abstiveram e outros 11, que tinham respondido a chamada, não estavam em plenário na hora da deliberação.
Votaram Beto Moraes (PSD), Indiara Barbosa (Novo), Osias Moraes (Republicanos), Eder Borges (PP), Pastor Marciano Alves (Solidariedade), Rodrigo Braga Reis (União), Sargento Tânia Guerreiro (União) e Zezinho Sabará (União).
Professora Josete (PT) e Dalton Borba (PDT) foram os mais incisivos nas críticas à proposição, com ela afirmando que Olavo de Carvalho não deveria sequer utilizar o título “filósofo”, “porque não tem formação acadêmica”. “Curitiba é uma cidade conservadora e liberal, sim, mas ela sabe distinguir bem um conservador de um fascista. O mundo produziu muitas figuras públicas que foram uma mancha, uma excrescência na história do mundo, como Hitler. Olavo de Carvalho proferiu as maiores excrescências que uma boca humana pôde manifestar na história do mundo”, afirmou Borba.
Votaram contra a homenagem a Olavo de Carvalho, além de Josete e Dalton Borba, Giorgia Prates – Mandata Preta (PT), Herivelto Oliveira (Cidadania), Leonidas Dias (Solidariedade), Marcos Vieira (PDT) e Maria Leticia (PV). As abstenções foram de Amália Tortato (Novo), Bruno Pessuti (Pode), Hernani (PSB), Jornalista Márcio Barros (PSD), Mauro Bobato (Pode), Mauro Ignácio (União) e Sidnei Toaldo (Patriota).