A morte do cão Huli deixou a família Derosso, de Curitiba, em busca de respostas e justiça. O animal, que era tratado como um verdadeiro membro da casa, morreu enquanto estava hospedado em um local destinado ao cuidado de pets na capital paranaense. O caso, que causou grande comoção, é investigado pela Polícia Civil e também tramita na esfera cível.
Segundo o relato de Geane Derosso, filha dos tutores, seus pais precisaram viajar e decidiram deixar o cachorro sob os cuidados de uma profissional que já havia prestado serviços de adestramento à família. “Era uma pessoa de confiança, que já conhecíamos. Por isso, acreditamos que o Huli estaria seguro”, contou.
Dias depois, Geane recebeu uma mensagem informando que o cão estava “meio amuado e comendo pouco”. Poucas horas depois, veio a notícia de que ele havia sido encontrado morto. O comunicado foi feito pelo marido da responsável pelo local, que alegou ter saído para ir ao mercado e encontrado o animal sem vida ao retornar. “Foi terrível. O cachorro era como um filho para os meus pais. Eles voltaram da viagem arrasados”, disse Geane.
Em busca de respostas, a família solicitou uma necropsia em um laboratório veterinário. O resultado revelou um quadro chocante: nove costelas quebradas, órgãos perfurados e sinais de hemorragia interna, além de o corpo já apresentar início de decomposição e ovos de mosca na boca. As conclusões indicam que o cão já estaria morto quando a família recebeu a mensagem sobre seu suposto mal-estar.
Diante das evidências, os tutores registraram um boletim de ocorrência e contrataram advogados para acompanhar o caso. A advogada Amanda Luhrs, que representa a família, afirma que os responsáveis pela hospedagem devem ser responsabilizados criminal e civilmente. “Buscamos a reparação material e moral. O Huli era um membro da família, e a forma como tudo aconteceu causou um sofrimento imensurável”, declarou.
A defesa dos tutores também chama atenção para a falta de regulamentação de estabelecimentos que oferecem hospedagem e creche para animais de estimação, o que, segundo ela, dificulta a fiscalização e a responsabilização em casos semelhantes. “Hoje, qualquer pessoa pode abrir um espaço desse tipo sem exigências claras de qualificação ou estrutura mínima”, destacou.
Os responsáveis pelo local, por sua vez, negam qualquer ato de maus-tratos e afirmam que o cão teria morrido de forma natural, alegando que os tutores optaram por não levá-lo ao veterinário. O laudo particular emitido pela família, porém, contesta essa versão e serviu de base para o andamento do inquérito policial. Diante da gravidade do caso, a Justiça determinou uma nova perícia para esclarecer as circunstâncias da morte.
Enquanto aguardam o resultado, os tutores seguem cobrando respostas. “Queremos apenas saber o que realmente aconteceu. Ele não merecia morrer dessa forma”, desabafou Geane. O caso continua sob apuração da Polícia Civil do Paraná e da Justiça.
NOTA
A creche se dirige à comunidade de amantes de cães com o coração pesado. Lamentamos, com a mais profunda sinceridade, a perda irreparável do amado Huli, um membro da nossa família canina, cuja falta já é sentida por toda a nossa equipe. Entendemos a dor imensa que a sua partida representa para seus tutores e para todos que o amavam.
Nós dedicamos nossas vidas ao cuidado e ao amor por esses seres de pura inocência. É por isso que as acusações divulgadas publicamente nos causam tanto choque quanto tristeza. Elas não condizem com a nossa verdade, nem com o amor que nutrimos por cada vida que nos é confiada.
A Verdade e a Inocência em Foco
Em respeito à memória de Huli e à nossa reputação, é crucial esclarecer os fatos:
A Inconclusão Técnica: Diferente do que foi alegado, há um segundo laudo técnico, elaborado por profissional habilitado, que atesta ser impossível afirmar a existência de qualquer trauma ou violência. Isso se deve, tragicamente, ao comprometimento do material analisado, que já se encontrava congelado por vários dias, uma opção tomada pelos próprios tutores. Não há, portanto, qualquer prova concreta ou técnica que sustente as acusações de violência.
Transparência e Cuidado Imediato: Momentos antes do falecimento, agimos com a atenção e a responsabilidade que pautam nosso trabalho. Entramos em contato com a família, alertando que o cão idoso estava quieto e sem apetite, e sugerimos, expressamente, que fosse levado ao veterinário. Esta recomendação de cuidado urgente foi dispensada pelos próprios tutores, conforme atestam mensagens e áudios que foram anexados aos autos do processo.
Uma Partida Serena: O nosso maior conforto neste momento de dor é o fato de que Huli veio a óbito enquanto dormia, de forma tranquila e natural, sem sinais de sofrimento. Seus últimos momentos foram de paz, em um ambiente que ele considerava seguro.
Em Defesa da Nossa Honra
Nós, que dedicamos cada dia a proteger e amar a inocência de seres como Huli, não aceitaremos que nosso trabalho e nossa integridade sejam manchados.
Reafirmamos: não existe sentença condenatória. As alegações de violência não têm qualquer respaldo técnico ou judicial. Acreditamos na justiça e na verdade. Por isso, medidas legais por calúnia e difamação serão imediatamente adotadas para resguardar a honra e a reputação da nossa instituição e dos profissionais que trabalham com dedicação e amor genuíno por todos os nossos cães.
Nossa porta e nosso coração continuam abertos à comunidade, pautados pela transparência e pelo compromisso inabalável com o bem-estar animal.





