“Caça às bruxas”: Trump e embaixada dos EUA saem em defesa de Bolsonaro

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Foto: Antonio Augusto/STF

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil divulgou nesta quarta-feira (9) um comunicado reforçando a posição do ex-presidente norte-americano Donald Trump em apoio a Jair Bolsonaro. A nota oficial, publicada em meio às manifestações de Trump na rede Truth Social, afirma que o ex-presidente brasileiro e sua família são “parceiros dos Estados Unidos” e que estão sendo alvos de uma “perseguição política”.

O texto divulgado pela representação diplomática destaca que a embaixada está acompanhando de perto a situação no Brasil e que não comenta ações futuras do Departamento de Estado em casos específicos. A embaixada também reiterou uma declaração de Trump, que classificou como vergonhosa a forma como Bolsonaro, seus familiares e apoiadores vêm sendo tratados.

A repercussão da manifestação levou o Ministério das Relações Exteriores a convocar o encarregado de negócios da embaixada, Gabriel Escobar, para prestar esclarecimentos. Escobar, atual representante oficial da embaixada no país, deverá se reunir com a embaixadora Maria Luísa Escorel, secretária de Europa e América do Norte do Itamaraty.

Trump voltou a defender Bolsonaro na terça-feira (8) em uma nova publicação na Truth Social, dizendo que o ex-presidente brasileiro deve ser “deixado em paz” e voltou a utilizar a expressão “caça às bruxas”. No dia anterior, ele já havia publicado uma mensagem semelhante, afirmando que Bolsonaro está sendo injustamente perseguido.

O ex-presidente brasileiro agradeceu o apoio, chamando Trump de “amigo” e afirmando que ambos foram vítimas de perseguições semelhantes em seus países. Por sua vez, o Palácio do Planalto respondeu com uma nota em defesa da soberania nacional, ressaltando que o tema da democracia no Brasil compete exclusivamente aos brasileiros e que ninguém está acima da lei.

A troca de manifestações ocorre enquanto Bolsonaro responde a processos no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de envolvimento em tentativa de golpe após as eleições de 2022.

 

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