Bruno Gagliasso, pai de Titi, de 11 anos, Bless, de nove, e Zyan, de quatro, falou sobre racismo e paternidade no programa Sem Censura. Ele afirmou que já foi racista e que aprendeu ao longo de sua trajetória como pai.
Bruno falou sobre os preconceitos que carregava e o processo de aprender e desaprender comportamentos de uma sociedade racista. “Eu era racista, né? A gente cresceu em uma sociedade racista, que faz a gente se tornar racista. Primeiro, você tem que reconhecer como. E aí, ir trabalhando e aprendendo. E não buscar e não esperar que queiram ensinar a gente”, afirmou ele.
O ator destacou que, após a adoção de Titi e Bless, passou a entender melhor as questões raciais e as dificuldades enfrentadas pelas pessoas negras no Brasil. “Eu fico muito feliz de ter aprendido com a paternidade; ao mesmo tempo, muito triste de só ter que aprender na paternidade. Na pele eu nunca vou viver, mas na alma eu vou, porque não existe amor maior do que dos meus filhos. É uma dor que não dá para explicar”, disse Bruno.
Bruno também comentou as críticas que recebeu ao adotar crianças de fora do Brasil, especialmente por serem crianças africanas. “Lembro que na época não foi nem sobre a adoção de duas crianças pretas, foi adoção de duas crianças africanas. Desde quando amor tem CEP?”, questionou ele.