Uma unidade do McDonald’s localizada no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, foi palco de uma ocorrência policial nesta sexta-feira (30). Duas mulheres, identificadas como Bruna Muratori e sua mãe, Susane, as moradoras do MC foram conduzidas à delegacia sob suspeita de cometer racismo contra uma adolescente e sua mãe, clientes do estabelecimento.
Na tarde desta sexta-feira, policiais do programa Leblon Presente foram acionados para investigar uma denúncia de racismo. Testemunhas relataram que a adolescente e sua mãe entraram na lanchonete para comprar um lanche e teriam fotografado Bruna e Susane, que vivem na unidade do McDonald’s desde abril de 2024. Irritadas por serem fotografadas, as duas mulheres teriam proferido ofensas racistas contra as clientes, segundo informações da Secretaria de Estado de Governo do Rio de Janeiro.
As duas suspeitas foram levadas para a 14ª Delegacia de Polícia (Leblon), onde foram ouvidas pelas autoridades. Até o momento, o caso ainda está sendo registrado, e a Polícia Civil informou que mais detalhes serão divulgados após a conclusão dos depoimentos e do registro da ocorrência.
Bruna e Susane são conduzidas à viatura por policiais, enquanto Bruna, visivelmente alterada, grita: “Me larga, me solta. Filma, por favor. Filma aí”, dificultando a ação dos agentes.
O McDonald’s confirmou o incidente e afirmou que está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários. Até o momento, a defesa de Bruna e Susane não foi localizada para comentar o caso, mas o espaço segue aberto para manifestações.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais, especialmente após Bruna lançar uma vaquinha online, onde já arrecadou mais de R$ 1 mil, com a meta de alcançar R$ 10 mil. Na descrição da campanha, ela se identifica como “cliente” do McDonald’s e critica a imprensa por dizer que ela “mora” na unidade.
Além disso, Bruna e Susane já recusaram ofertas de vagas em abrigos e outros serviços da rede de apoio socioassistencial. Em maio, a Secretaria Municipal de Assistência Social informou que suas equipes especializadas em abordagem foram até a lanchonete em duas ocasiões, nos dias 10 e 16 de março, mas que ambas recusaram as ofertas de ajuda prontamente.
A investigação segue em andamento, e o desfecho do caso depende do andamento das apurações feitas pela Polícia Civil.