Nesta sexta-feira (9), o breakdance se tornará oficialmente uma modalidade olímpica, estreando nos Jogos de Paris 2024. A inclusão dessa forma de arte urbana nos Jogos Olímpicos reflete o esforço do Comitê Olímpico Internacional (COI) em atrair um público mais jovem e diversificado para o maior evento esportivo do planeta.
O evento inaugural contará com a participação de 16 B-boys e 16 B-girls, que se enfrentarão em batalhas individuais. O formato da competição começa com a fase “round robin”, onde todos competem entre si, e os oito melhores avançam para as quartas de final. O sistema de batalhas, característico do breakdance, coloca os competidores frente a frente, desafiando suas habilidades técnicas e criativas em uma disputa acirrada e repleta de energia.
Originado na década de 1970, no Bronx, Nova York, o breakdance rapidamente se tornou um dos pilares da cultura hip hop, combinando elementos de dança e acrobacia. Esportivamente, o breakdance, também chamado de breaking, exige dos praticantes não apenas talento artístico, mas também um alto nível de preparo físico, o que o torna uma modalidade única dentro do cenário olímpico.
O reconhecimento do breakdance como esporte competitivo no âmbito internacional se consolidou com a World DanceSport Federation (WDSF), fundada em 1957. No entanto, os primeiros Jogos Mundiais de DanceSport organizados pela WDSF ocorreram apenas em 2013, em Taiwan. O sucesso do breaking na Olimpíada da Juventude de 2018, em Buenos Aires, abriu caminho para sua inclusão definitiva nos Jogos de Paris 2024.
Apesar da expectativa, o Brasil não contará com representantes na estreia olímpica do breakdance. O B-Boy Leony Pinheiro e a B-Girl Mini Japa participaram do torneio de qualificação em Budapeste, Hungria, mas não conseguiram garantir suas vagas para competir em Paris.
As regras da competição seguem critérios específicos que avaliam a performance dos atletas em seis aspectos: criatividade, personalidade, técnica, variedade, performance e musicalidade. Cada batalha entre os breakers é julgada por um painel de cinco especialistas, que registram suas avaliações em tablets, garantindo precisão no processo de pontuação.