Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ) apresentaram estimativas divergentes sobre o número de manifestantes no ato realizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Copacabana, neste domingo (16). Enquanto a corporação apontou um público superior a 400 mil pessoas, pesquisadores da USP calcularam 18,3 mil participantes, com margem de erro de 2,2 mil. Já o instituto Datafolha estimou cerca de 30 mil manifestantes.
A #PMERJ acompanhou, na manhã deste domingo (16), uma manifestação na orla de Copacabana. O ato, que reuniu mais de 400 mil pessoas, foi monitorado pelo #19BPM, com apoio do #1CPA e #COE. Sem registros de ocorrência, a SEPM segue acompanhando a dispersão nos transportes públicos. pic.twitter.com/SNztSci6bW
— @pmerj (@PMERJ) March 16, 2025
A manifestação foi convocada para pressionar o Congresso a conceder anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A PM-RJ divulgou em suas redes sociais que o evento reuniu mais de 400 mil pessoas e ocorreu sem registros de ocorrências. A publicação foi amplamente compartilhada em grupos bolsonaristas no WhatsApp.
O levantamento feito pelo Monitor do Debate Político, grupo de pesquisa vinculado à USP e ao Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), utilizou fotos aéreas analisadas com inteligência artificial. O estudo comparou o evento com a manifestação de 7 de setembro de 2022, também em Copacabana, quando a estimativa foi de 64,6 mil participantes. O Datafolha, por sua vez, baseou seu cálculo na área ocupada pelos manifestantes a partir de imagens captadas por volta das 11h10.
Entre os presentes na manifestação estavam o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, e o senador Carlos Portinho. A expectativa agora se volta para o andamento do projeto de anistia no Congresso. Sóstenes Cavalcante afirmou que pedirá, nesta quinta-feira (20), que a urgência do projeto seja votada na próxima semana. Para isso, precisará do apoio de outros líderes partidários e do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-DF).
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