O Governo do Paraná apresentou nesta quarta-feira (28) um pedido de antecipação da vacinação dos profissionais e trabalhadores da Educação ao Ministério da Saúde. O apelo foi feito pelo secretário da Saúde, Beto Preto, a autoridades da pasta federal em Brasília. O Estado defende a readequação do calendário nacional para que a imunização dos docentes e servidores aconteça simultaneamente às pessoas com comorbidades.
"Entendemos que existe viabilidade para uma vacinação em paralelo. Esta tem sido a orientação do governador Ratinho Junior. O Estado vem trabalhando com essa possibilidade. Temos seguido o Programa Nacional de Imunização, mas estamos pleiteando essa alteração junto ao Ministério", afirmou o secretário.
Ele entregou um ofício ao secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, reforçando o posicionamento do Paraná.
Beto Preto destacou que a mudança na orientação e a garantia das doses precisam partir do Ministério da Saúde. "Queremos vacinar os professores. Precisamos de vacinas. Vamos enfatizar esta posição do Paraná acerca da cobertura da Educação. Cabe ao Ministério essa revisão", afirmou.
A adequação, de acordo com o secretário, é viável, seguindo, inclusive, o novo entendimento da antecipação da vacinação das forças de segurança e salvamento pelo próprio Ministério.
"Precisamos de mais doses para que a gente avance rapidamente nos grupos prioritários. O próprio PNI antecipou essa cobertura para as forças de segurança. Da mesma forma, queremos que o governo federal envie doses para que a gente inicie a vacinação dos trabalhadores da educação o mais rápido possível", frisou Beto Preto.
EM BRASÍLIA
A agenda do secretário em Brasília dá sequência a um primeiro contato feito pelo governador Ratinho Junior com o ministro Marcelo Queiroga, novo titular da pasta. Na ocasião o pedido englobou revisão dos quantitativos de doses enviadas, que considerou o Censo populacional de 2010, a recomposição do número de trabalhadores de saúde e agilidade na distribuição das vacinas.
No ofício desta quarta, a Secretaria de Estado Saúde reforça a defasagem de 78.400 doses que deveriam ser aplicadas nos trabalhadores de saúde.
"A recomposição é necessária, pois tivemos aumento de serviços neste período do enfrentamento da Covid-19. Logo, a situação de trabalhadores atuando também aumentou", destacou o diretor-geral da Sesa, Nestor Werner Júnior, que também participou da reunião.