Na última semana, a Polícia Civil de Curitiba, em uma ação conjunta com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, interditou um barracão que estava sendo utilizado para adulterar farelo de soja, um dos principais produtos destinados à exportação pelo Porto de Paranaguá. As investigações começaram após a detecção de um fluxo irregular de caminhões desviando de suas rotas habituais, o que levantou suspeitas sobre a legalidade das operações realizadas no local.
O delegado André Feltes, responsável pela investigação, explicou que o esquema consistia em substituir parcialmente o farelo de soja por materiais de baixo valor, como areia e cascas, comprometendo assim a qualidade do produto exportado. Esse tipo de fraude não apenas prejudica a reputação do Brasil como um dos maiores exportadores de soja do mundo, mas também coloca em risco a saúde dos consumidores que dependem da integridade dos alimentos.
Durante a operação, as autoridades apreenderam um trator avaliado em R$ 700 mil, 300 toneladas de farelo de soja adulterado e um caminhão. Além dos veículos e da carga, foram confiscados objetos utilizados na falsificação e notas fiscais que podem ser cruciais para a investigação. O impacto financeiro da fraude é significativo, uma vez que a adulteração pode resultar em prejuízos para exportadores legítimos e para a economia nacional.
Três indivíduos foram presos em flagrante durante a ação e estão sendo investigados por crimes relacionados à corrupção, falsificação e alteração de substâncias alimentícias destinadas ao consumo. Caso sejam condenados, eles podem enfrentar penas de reclusão que variam de quatro a oito anos, além de multas significativas. As investigações continuam em busca de outros possíveis envolvidos na operação criminosa, demonstrando o compromisso das autoridades em coibir práticas ilegais que ameaçam a segurança alimentar e a economia.