O tradicional bar de Curitiba, James Bar, foi condenado a indenizar por danos morais Juliano Trevisan, que foi confundido com segurança e impedido de entrar no estabelecimento.
A decisão só aconteceu após 5 anos do ocorrido, pela 1.ª Vara Cível do Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba.
O bar que é conhecido por ser plural e LGBT, recorreu da decisão.
Juliano Trevisan escreveu uma carta aberta: ‘parte da sociedade insiste em relutar contra as inúmeras situações passadas hoje por negros, mulheres, gays e demais grupos de minoria, insistindo em dizer que o preconceito e a discriminação hoje em dia são mimimi’.
“O funcionário me olhou dos pés a cabeça e informou que pelo meu estilo, com ‘a roupa que estava usando eu não poderia entrar’. (…) Na hora a situação me chocou tanto, que fiquei bobo. Não quis discutir, não quis “acabar com minha noite e de meus amigos”, então simplesmente falei que iria embora”, contou o advogado.
O bar chegou a fazer uma retraração no passado, confira a nota:
“Olá. Gostaríamos de fazer uma retratação pública ao Juliano Trevisan — e a todos vocês, que corretamente se solidarizaram com ele.
Infelizmente, ocorreu um episódio do qual devemos nos retratar e esclarecer o que aconteceu. Estamos muito chateados e envergonhados. Na noite de quinta-feira (13/07), o Juliano foi equivocadamente informado que não poderia entrar no bar por conta do que estava vestindo. Essa foi uma atitude errada e que não condiz com o que acreditamos.
Por mais que tentemos nos colocar no lugar do Juliano, não vamos conseguir entender a sensação de humilhação que ele sentiu no momento. Mas imaginamos algo muito triste e distante do que sempre queremos para todos. Toda vez que vocês pisam no James, desejamos que se sintam especiais, acolhidos e livres.
Ontem falhamos nessa missão por causa de uma atitude arbitrária dos funcionários envolvidos. Nossa decisão, portanto, foi desligá-los de nosso quadro, para que isso nunca mais ocorra.
Damos muita importância à participação de vocês — críticas e elogios — para que possamos evoluir e melhorar. Aprendemos muito com isso e estamos trabalhando para sempre oferecer um local seguro e justo, com a descontração de sempre. Que seja um lugar onde vocês se sintam à vontade para expressar a essência de cada um: tudo com base no respeito, na diversidade e na tolerância.”