O Balé Teatro Guaíra volta a se apresentar ao público curitibano no início de agosto com duas montagens contemporâneas. Os bailarinos dançam as obras “Tempestade”, de Mário Nascimento e trilha de Fábio Cardia, e “V.I.C.A.”, com coreografia de Liliane de Grammont e trilha de Ed Cortes.
As sessões acontecem dias 5 e 6, sexta e sábado, às 20h30, e dia 7, domingo, às 18h. Os ingressos custam R$10 e R$20.
A montagem “Tempestade” é a estreia da temporada e tem coreografia de Mário Nascimento. O trabalho inédito baseia-se nas características de uma tempestade – intensidade, instabilidade, extremos – e as transforma em movimentos contemporâneos no palco. Além disso, o espetáculo também tem como diferencial uma trilha sonora original criada por Fábio Cardia, parceiro de longa data de Nascimento e criador de obras para o cinema, teatro, televisão e dança.
“V.I.C.A”, por sua vez, estreou em 2021 e foi o primeiro trabalho presencial do BTG após as restrições causadas pela COVID-19. O acrônimo significa volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, características já parte do mundo pós-moderno, mas exacerbadas com a pandemia. No palco, os bailarinos apresentam uma coreografia contemporânea que traz elementos do erudito ao funk, explorando a relação e o toque entre os bailarinos – algo que havia ficado “suspenso” em função das relações virtuais impostas pelo coronavírus.
Os trabalhos contemporâneos foram desenvolvidos por dois importantes coreógrafos da atualidade. Liliane de Grammont foi bailarina do Theatro Municipal de São Paulo, tem formação pela Juilliard School, em Nova York, e criou o espetáculo “Casa de Vidro”, lançado em 2020 durante a pandemia, para discutir o fim da violência contra a mulher. Já Mário Nascimento é diretor do Corpo de Dança do Amazonas e já trabalhou com as principais companhias de dança do Brasil, como Cisne Negro e Balé da Cidade.
As duas obras se inserem na reflexão que inspirou a programação da temporada de 2022: os 100 anos da Semana de Arte Moderna e os 200 anos da Independência do Brasil. Em abril, o BTG apresentou Terra Brasilis, que discutiu a influência europeia na arte nacional. “V.I.C.A.” e “Tempestade” buscam, agora, se conectar com algo que se articule com a cultura dos povos ancestrais e africanos. “E o elemento escolhido foi o ritmo. Essa foi uma das peças centrais que pautaram os compositores das trilhas compostas originalmente para as peças desse programa. O ritmo nas suas várias formas musicais, do hip hop ao passinho, do rock’n'roll ao funk”, explica Luiz Fernando Bongiovanni, diretor do Balé Guaíra.
Serviço:
Balé Teatro Guaíra | "V.I.C.A." e "Tempestade"
Dias 5, 6 e 7 de agosto
Sexta e sábado, às 20h30
Domingo, às 18h
Tempo de duração do espetáculo: aproximadamente uma hora e meia
Classificação indicativa: livre
Ingressos: R$20 e R$10 https://www.ticketfacil.com.br/eventos/cctg-vica-e-tempestade-bale-teatro-guaira.aspx