Em uma movimentação significativa para a economia brasileira, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva propôs um aumento no salário mínimo para o ano de 2025. A proposta, que eleva o piso salarial para R$ 1.509, reflete uma tentativa de ajustar o poder de compra dos trabalhadores frente às condições econômicas atuais. Esta nova previsão, que será incluída na proposta orçamentária enviada ao Congresso Nacional até o dia 31 deste mês, representa um aumento de 6,87% em relação ao valor atual de R$ 1.412.
O reajuste do salário mínimo será implementado a partir de 1º de janeiro de 2025, porém os trabalhadores sentirão o impacto em seus bolsos apenas em fevereiro, quando receberão o salário ajustado. Em janeiro, o pagamento ainda será feito com base no valor de 2024. A decisão de aumentar o mínimo vem em resposta às mudanças nas variáveis macroeconômicas, como a inflação, que influenciam diretamente a economia e o custo de vida.
O método de cálculo para o reajuste do salário mínimo leva em conta dois principais componentes: o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores e a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses até novembro do ano corrente. Para 2025, a previsão do INPC é de 3,65%. Essa metodologia assegura que o aumento reflita tanto o crescimento econômico quanto as variações nos custos de vida.
Além da alteração para 2025, o governo já projetou os valores do salário mínimo para os anos subsequentes, esperando que alcance R$ 1.595 em 2026, e continue a crescer nos anos seguintes. Cada aumento de R$ 1 no salário mínimo implica mais de R$ 350 milhões em gastos adicionais para o governo, principalmente porque esse valor baseia-se para a maioria das aposentadorias e pensões. Essa expansão do gasto público levou à discussão sobre a possibilidade de desvincular certos benefícios do aumento do salário mínimo, embora essa proposta ainda não tenha sido formalizada.