Uma menina de 10 anos em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, denunciou seu padrasto, de 45 anos, por estupro após assistir a uma aula de educação sexual. Os abusos, que ocorriam desde 2023, foram revelados pela criança após ela entender, durante a aula em junho de 2024, que as ações do padrasto não eram carinhos, mas sim crimes.
De acordo com a Polícia Civil, a menina relatou os abusos à mãe, que imediatamente denunciou o homem. A delegada Ana Paula Cunha, do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), destacou que o padrasto fazia a vítima acreditar que suas ações eram apenas demonstrações de carinho. “Em razão da vítima desconhecer até então que esses carinhos não se tratavam de carinho e sim de crime, o investigado teve acesso integral ao corpo da criança, porque o desconhecimento dela garantia, inclusive, o próprio silêncio com relação a esses fatos”, explicou a delegada.
As investigações revelaram que o suspeito se aproveitava dos momentos em que a mãe da menina não estava em casa para cometer os abusos. Após a denúncia, a polícia divulgou uma foto do suspeito e emitiu um mandado de prisão preventiva. Na segunda-feira (8), o homem se apresentou à polícia junto com seu advogado e foi preso. Durante o interrogatório, ele optou por permanecer em silêncio.
A delegada Ana Paula Cunha ressaltou a importância de abordar o tema do abuso sexual nas escolas para evitar que crimes como esse continuem a acontecer. “Caso não tivesse havido essa abordagem na escola, esta criança poderia ainda estar sendo vítima de um crime tão terrível como este, que é o estupro de vulnerável”, afirmou.