Teve início nesta terça-feira (29) a audiência de instrução do caso que investiga um professor suspeito de abusos físicos e sexuais contra crianças e adolescentes em uma escolinha de futebol localizada no bairro Alto Boqueirão, em Curitiba. A sessão se estende até esta quarta-feira (30) e integra o processo judicial conduzido pelo Ministério Público do Paraná (MPPR).
A primeira denúncia formal foi apresentada em fevereiro deste ano e diz respeito a um adolescente que, segundo o MP, foi levado até a casa do professor após um treino. No local, que estava vazio, o jovem teria sido obrigado a permanecer sem roupas e realizar uma massagem. A acusação aponta que os abusos ocorreram em mais de uma ocasião.
Relatos obtidos durante as investigações indicam que o professor mantinha um grupo de WhatsApp com os alunos, onde utilizava palavras de cunho sexual, criava apelidos e fazia menções às partes íntimas dos adolescentes. Mães de alguns estudantes relataram que, nos encontros presenciais, o professor solicitava que os meninos ficassem nus, com a alegação de que isso contribuiria para o desempenho esportivo, ajudando-os a perder a vergonha.
O Conselho Regional de Educação Física confirmou que o investigado não possui registro profissional. O órgão destacou que o registro é obrigatório para o exercício legal da profissão e reforça o compromisso com a segurança dos alunos. O caso está sob análise da 1ª Promotoria de Justiça de Infrações Penais contra Crianças e Adolescentes de Curitiba.






