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Arenitos, furnas, lagoa dourada e uma lenda

XV CURITIBA
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Em comemoração aos 60 anos da criação do Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa – um dos pontos turísticos mais conhecidos do Paraná - o Governo do Estado preparou uma programação especial, a partir desta quarta-feira (16), com eventos culturais e de educação ambiental. Foto: Divulgação

Semana passada Ponta Grossa completou 193 anos e um dos locais mais belos do município e do Paraná, está há menos de 100 quilômetros de Curitiba, o Parque Estadual de Vila Velha. Com mais de três mil hectares de extensão, o parque proporciona aos visitantes belos passeios para contemplar a natureza em meio a famosos atrativos como os Arenitos, Furnas e a Lagoa Dourada.

O local é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, ou seja, seu principal objetivo é preservar um dos únicos remanescentes da vegetação de campos do Paraná, além das formações areníticas. Por isso, o Parque Estadual de Vila Velha proporciona aos visitantes o contato direto com a natureza de beleza única em todo o país.

Um dos atrativos mais conhecidos e visitado é a formação de diversos arenitos ali preservados. Eles foram formados durante os últimos 600 milhões de anos pelo vento e a chuva. Alguns deles lembram algumas figuras bem conhecidas, como uma garrafa de refrigerante, uma bota e a famosa taça, símbolo do Parque e do município de Ponta Grossa. Ao mesmo tempo, essas formas podem variar de acordo com a imaginação de cada um. É como brincar de achar desenho nas nuvens do céu.

Outro ponto de visitação no parque são as Furnas, crateras também areníticas circulares que formam um lindo fosso que pode chegar até 100 metros de profundidade. No amanhecer e entardecer é lindo ver os famosos andorinhões que por ali se hospedam. Seus vôos fazem desenhos no ambiente que fica ainda mais bonito para quem teve a sorte de vê-los.

O parque também preserva a lagoa dourada, que ganhou esse nome pelo lindo reflexo que o sol faz nas águas calmas durante o entardecer. Nela vivem diversas espécies de peixes como bagre, traíra, e tubarana. Não preciso nem falar aqui que é proibido pescar e nadar no local né?

Além desses lindos atrativos, o parque também possui uma lenda. Conta a história que Vila Velha era Itacueretaba ("cidade perdida de pedra") uma terra onde homens guerreiros de tribos indígenas escondiam e guardavam o precioso tesouro chamado "itainhareru" e que também tinha a proteção de Tupã.

Nesse local os guerreiros indígenas tinham todas as regalias, porém não poderiam ter mulheres, que por sua vez ameaçariam o segredo que guardava o tesouro. No entanto, o chefe supremo dos guerreiros não desejava seguir naquele caminho pois tinha consigo a vontade o fascínio pelas mulheres.

Sabendo disso, tribos rivais lhe apresentaram uma índia para seduzi-lo e conseguir o segredo do tesouro escondido. Porém o casal se apaixonou e em uma noite ela lhe serviu o licor de butiás. O líquido que era só para o guerreiro acabou sendo bebido também pela índia apaixonados e entrelaçados sob a sombra de um Ipê.


Sabendo do ocorrido, Tupã vingou-se, provocando um terremoto que abalou toda a região e a terra que sagrada (Abaretama) ficou destruída em pedras. Com o efeito, o tesouro de ouro se liquefez na Lagoa Dourada. Os dois amantes, castigados, foram petrificados um ao lado do outro e, junto a eles, a taça do licor.

Para conferir a história e os encantos do local, o Parque Estadual de Vila Velha recebe os visitantes de quarta a segunda-feira e também nos feriados, das 08h30 às 15h30. Ele fica na BR-376, km515 – Jardim Vila Velha, Ponta Grossa e se precisa o telefone de contato é: (42) 3228-1138

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