A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) do Paraná divulgou neste sábado (27) um comunicado para relembrar a vigência de uma lei municipal que proíbe a comercialização de bebidas alcoólicas a pessoas portando armas de fogo em Curitiba. A norma, sancionada em 13 de julho de 2015, é válida para bares, casas noturnas e estabelecimentos semelhantes, que devem afixar placas informativas sobre a proibição.
A manifestação ocorreu após a repercussão do caso em que um policial civil de folga baleou um homem de 51 anos dentro de um bar tradicional na região central da capital. O episódio aconteceu na noite de sexta-feira (26), durante uma discussão no banheiro do local. Segundo a defesa do agente Marcelo Mariano Pereira, o disparo ocorreu após agressões verbais e físicas. A vítima, Antônio Carlos Antunes, foi encaminhada em estado grave ao Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, onde segue internada.
O policial também recebeu atendimento no Hospital Cajuru e, em seguida, se apresentou à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa. O delegado de plantão decidiu não decretar a prisão em flagrante, entendendo que o disparo teria sido feito em legítima defesa. A Corregedoria acompanha o caso.
No comunicado, o presidente da Abrabar, Fábio Aguayo, reforçou que pessoas armadas não devem ingerir álcool em ambientes públicos. Ele também cobrou maior eficiência na fiscalização da lei, ressaltando os riscos à segurança de clientes. Imagens das câmeras de segurança do bar já foram entregues à Polícia Civil para investigação.
A Abrabar destacou que a legislação municipal existe justamente para evitar situações que possam comprometer a integridade de frequentadores de bares e casas noturnas. O caso reacendeu o debate sobre a aplicação e fiscalização da norma em Curitiba.






