No Paraná, a volta às aulas em 2021 já tem data certa para acontecer: dia 18 de fevereiro. Neste ano, o modelo adotado pelas instituições de ensino deve ser híbrido, ou seja, alternando aulas online com aulas presenciais. Contudo, faltando menos de 1 mês para o início do ano letivo, pais, professores e alunos ainda não sabem como será efetivamente a retomada às aulas.
“Nós, profissionais da educação, sabemos que o ensino presencial é mais eficaz para alguns alunos, no entanto o ensino online já tem sido estudado e praticado há alguns anos, com resultados satisfatórios. Além disso, precisamos lembrar que ainda vivemos um cenário pandêmico”, comenta Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga especialista em Gestão Escolar e Educação Especial. “O ensino híbrido foi a solução encontrada para que as crianças e adolescentes da educação básica possam voltar ao ambiente escolar de maneira gradual, com revezamento de alunos, buscando evitar riscos a todos os envolvidos”, diz.
Escolas de todo o estado já estão se preparando para receber os estudantes, reorganizando espaços, providenciando medidores de temperatura e fazendo estoques de álcool gel, o que não diminui o risco total de contaminação ao COVID-19. Ainda assim, segundo a especialista, a parte boa é que iniciamos 2021 já com vários aprendizados, inclusive sobre o que já deu – ou não – certo no ensino híbrido. “O que vivemos em 2020 deve ser usado como norte para que as escolas consigam elaborar um planejamento cada vez mais eficaz com o objetivo de garantir máxima segurança no retorno às aulas e, principalmente, focar no ensino de qualidade aos alunos, para que todos os déficits de aprendizagem do último ano letivo sejam trabalhados e recuperados”, aponta.
Inicialmente, a prioridade para o retorno ao ensino presencial será dos alunos que não têm acesso à tecnologia em casa, como um computador ou aparelho celular. Contudo, para garantir uma cadeira em sala de aula, é preciso que os pais ou responsáveis legais assinem um documento autorizando a ida do estudante a escola. “O mais importante agora é que as escolas sigam rigorosamente o protocolo elaborado pelo estado contra a Covid-19 e acolham com cuidado e profissionalismo o retorno desses alunos”, complementa Ana Regina Caminha Braga.