O Bacharel em Direto e atual Comandante-Geral da Policia Militar do Paraná, coronel Péricles de Matos, comemora hoje (15 de maio) mais um ano de vida. Matos é um amigo especial, por quem estimo grande prestigio, honra e respeito.
Sua carreira profissional e formação acadêmica falam por si. Passou por diversas unidades da Policia Militar e exerceu variadas funções, sempre com denodo e perseverança. Tive a oportunidade de presenciar uma cena marcante que me trouxe um importante aprendizado. Durante uma conversa informal com o coronel César Vinícius Kogut, ele falou com intrepidez, mas também com simplicidade, sobre o incalculável valor do amigo de farda, que logo, imediatamente ratifiquei.
Péricles sempre admitiu que não é super-herói, pode errar e pode acertar, mas a palavra que está fora do seu dicionário é vilipendiar. Tal escolha se manteve inabalável, mesmo tenha lhe custado um alto preço em situações adversas.
Poderia detalhar várias qualidades deste nobre amigo Péricles, mas posso sintetizar que se trata de um profissional de segurança pública com inteligência e capacidade admiráveis, que compreende as causas e efeito das ações. Oriundo de Irati (PR), onde recebeu uma criação simples e modesta, mas não menos valorosa, hoje ouve em alto e bom som “todos” dizerem: Ele chegou lá, por esforço e muita dedicação.
Finalizo com um poema de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) Este é, provavelmente, o poema mais célebre de Drummond, pelo seu carácter singular e temática fora do comum.
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.