"Buscamos a demonstração de que o Paraná supera as divergências em torno de um pacto nacional, com união de todas as pessoas de bem, excluindo aqueles que jogam no time do quanto pior melhor, para a refundação da República", disse. O evento teve cerca de 3,5 mil pessoas, principalmente prefeitos, vereadores e lideranças políticas regionais.
Dias exaltou a "união paranaense" em torno da sua possível candidatura e pediu aos jornalistas que o deixassem de "fora das brigas do Estado", quando foi questionado sobre suas preferências de candidaturas ao governo e ao Senado no Paraná – e também sobre as recentes denúncias de desvio de verbas do governo paranaense para campanhas políticas e benefícios pessoais que envolvem o ex-governador Beto Richa (PSDB), de quem já foi aliado.
"Seria fora do tempo qualquer comentário, a questão é com ele (Richa) e com a Justiça, não me cabe fazer qualquer avaliação. Me deixem de fora das brigas paranaenses", declarou.
Três ex-governadores do Estado, quatro pré-candidatos ao Senado e vários postulantes aos Legislativos federal e estadual também compunham a plateia. Nos discursos de Dias e seus correligionários, exaltações à possível candidatura paranaense ao Planalto – que, caso confirmada, será a primeira da história -, críticas ao atual sistema político, principalmente ao PT, e denúncias de corrupção envolvendo políticos.
O pré-candidato não descartou a possibilidade de unificação do centro em torno de uma só candidatura, mas afirmou que não vai aceitar qualquer coligação com "defensores do atual sistema". "Não busco acordo com pessoas, mas defender um projeto de nação, aqueles que aderirem a esse projeto de refundação da República são bem-vindos", declarou.
Apoios
"O Paraná tem uma oportunidade única de resgatar na política o lugar que merece. Apesar do nosso tamanho e importância, somos um Estado tímido na política e na representação – e, com essa candidatura à Presidência, isso tende a mudar", afirmou Marcos Lumacoski, presidente do Movimento pró-Paraná.
Entre os apoiadores de Dias, estava também o Instituto Democracia e Liberdade (IDL), presidido por Edson Ramon, movimento suprapartidário que advoga por "democracia, economia de mercado, livre iniciativa, legitimidade do lucro e da propriedade privada e liberdade de imprensa". "Há uma chance expressiva na candidatura do Alvaro. Temos que trabalhar para que sua votação expressiva se reflita no País", disse Ramon.