Pela primeira vez desde que os dados passaram a ser monitorados, o valor médio do aluguel residencial em Curitiba superou a marca de R$ 2 mil. Em fevereiro de 2025, o tíquete médio atingiu R$ 2.035, registrando um aumento de 2,9% em relação a janeiro e uma alta de 8,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
O avanço nos preços acompanha uma tendência nacional de valorização dos aluguéis, impulsionada por fatores econômicos como os sucessivos aumentos na taxa Selic. Com o encarecimento do crédito imobiliário, muitas famílias têm postergado a compra da casa própria e optado pela locação, o que eleva a demanda e pressiona os preços no mercado de aluguéis.
Em Curitiba, essa movimentação é refletida diretamente no indicador Locação Sobre Oferta (LSO), que mede a relação entre imóveis alugados e disponíveis no mercado. Em fevereiro, a LSO residencial chegou a 24%, o maior índice dos últimos sete meses, demonstrando aquecimento do setor.
A valorização também se estendeu ao mercado de imóveis comerciais. A LSO comercial alcançou 7% em fevereiro, um crescimento de dois pontos percentuais em relação a janeiro. Entre os tipos de imóveis mais procurados para uso comercial, os conjuntos comerciais se destacaram, com crescimento nas locações de 4,9% para 7,1%. As lojas também tiveram bom desempenho, com 6,5% das unidades alugadas.
Quanto à preferência dos inquilinos, o Centro de Curitiba continua sendo o bairro mais buscado para locações, tanto residenciais quanto comerciais. Na sequência, no setor residencial, os bairros com maior procura foram Água Verde (4,8%), Cidade Industrial de Curitiba – CIC (4,6%), Bigorrilho (3,6%) e Portão (3,4%). No segmento comercial, além do Centro, destacaram-se o Centro Cívico (7,4%), Água Verde (6,6%), Batel e Rebouças (ambos com 4,9%).
O crescimento nos valores e na procura por imóveis para locação em Curitiba reflete não apenas o cenário econômico nacional, mas também o dinamismo do mercado local. Com os custos de financiamento ainda elevados, a tendência é que a demanda por aluguéis continue firme, pressionando os preços e ampliando a competição por imóveis bem localizados na capital paranaense.




