O litoral do Paraná registrou um número recorde de encalhes de pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) em agosto de 2025. De acordo com o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), realizado pelo Laboratório de Ecologia e Conservação da UFPR, foram contabilizados 1.243 casos, um aumento de 718% em relação ao mesmo período de 2024, quando houve 152 registros.
Os encalhes são mais comuns no inverno, época em que os pinguins deixam a Patagônia e migram em direção ao sul do Brasil em busca de alimento. Durante a longa viagem, muitos animais não resistem às condições do oceano e acabam chegando debilitados à costa. Os que são resgatados com vida recebem atendimento especializado e podem ser reabilitados antes de voltarem ao mar.
Além dos pinguins, o monitoramento também registrou encalhes de tartarugas-verdes, tartarugas-cabeçudas e mamíferos marinhos, como o boto-cinza, em diferentes pontos do litoral, de Guaraqueçaba a Guaratuba. Para os pesquisadores, esses episódios refletem mudanças ambientais e climáticas, além da pressão humana sobre os ecossistemas marinhos.
Os animais resgatados vivos passam por cuidados no Centro de Reabilitação, Despetrolização e Análise de Saúde de Fauna Marinha (CReD). Antes de serem devolvidos ao habitat natural, recebem microchips de identificação individual, que permitem monitorar saúde, deslocamento e sobrevivência a longo prazo.
Orientação à população
O PMP-BS alerta moradores e turistas sobre como agir ao encontrar um animal encalhado no litoral:
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Não tocar nem tentar devolvê-lo ao mar;
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Acionar a equipe do PMP-BS pelos canais oficiais: 📞 0800 642 3341 ou WhatsApp (41) 99213-8746;
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Manter distância, evitando a aproximação de pessoas e animais domésticos.
A equipe especializada fará o resgate e dará o suporte necessário.
Sobre o PMP-BS
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos é uma exigência do licenciamento ambiental federal conduzido pelo Ibama para as atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na região.
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