O advogado Heitor Bender, que representa o policial civil Marcelo Mariano Pereira, responsável pelo disparo que matou o cliente Antônio Carlos Antunes em um bar de Curitiba na última sexta-feira (26), afirmou em coletiva de imprensa que a vítima tentou tomar a arma do agente durante a briga no banheiro do estabelecimento.
Segundo a defesa, imagens e depoimentos de testemunhas reforçam a versão apresentada pelo policial em seu interrogatório. Bender explicou que o conflito começou quando o policial retirou um copo que estava sobre a pia do banheiro, dificultando o uso da torneira. O cliente teria se irritado com a situação, iniciado uma discussão e, em seguida, agredido o policial.
O advogado destacou que laudos médicos apontaram lesões no rosto e no braço de Marcelo Mariano, compatíveis com agressões físicas. Ele também afirmou que marcas no braço do agente indicam que a vítima tentou puxar a arma no momento do confronto. “Ao ser agredido e cercado, o policial se identificou, avisou que estava armado, mas Antônio não recuou. Pelo contrário, tentou tomar a arma”, disse Bender.
Outro ponto enfatizado foi que Marcelo teria acionado imediatamente o número 190 após o disparo, pedindo socorro para a vítima. “Menos de um minuto depois, ele já estava ligando para a emergência, o que mostra que não houve intenção de execução”, afirmou o advogado.
A defesa sustenta ainda que o policial não havia ingerido álcool no momento do ocorrido e que não houve troca de ofensas antes da agressão, apenas um breve diálogo a respeito do copo. Testemunhas ouvidas pela investigação, segundo Bender, confirmam ter escutado barulhos de luta corporal, mas não relataram discussão prévia.
O caso segue sendo investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pela Corregedoria da Polícia Civil, que irão analisar as provas e depoimentos para determinar se houve legítima defesa ou excesso na conduta do policial.
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