Na tarde de terça-feira (5), o corpo de um adolescente de 14 anos foi encontrado por equipes da Polícia Militar Ambiental às margens do lago de Itaipu, em Foz do Iguaçu, oeste do Paraná. A polícia prestava apoio às equipes de segurança da usina de Itaipu quando localizou o corpo, que apresentava sinais de violência: o adolescente estava nu, com as mãos amarradas e com uma marca de tiro na nuca. As equipes da Polícia Científica e da Polícia Civil foram acionadas para a perícia e o recolhimento do corpo.
Após investigações preliminares, a Polícia Civil prendeu um homem de 48 anos em flagrante, suspeito de envolvimento no crime. Segundo informações, o homem e o adolescente viviam no mesmo condomínio, e a motivação do crime pode estar relacionada a ciúmes envolvendo uma jovem com quem ambos teriam se relacionado. Imagens de segurança mostram o adolescente saindo do condomínio na noite anterior ao crime em uma motocicleta, acompanhado pelo suspeito. Esse foi o último registro do jovem com vida.
Durante as investigações, a mãe do suspeito informou à polícia que ele havia deixado a motocicleta utilizada no encontro na casa dela, com sinais de lama nos pedais e pneus, similar ao terreno próximo ao lago de Itaipu. A mulher ainda relatou que o filho chegou em sua casa com uma camiseta ensanguentada, a qual foi queimada logo em seguida, e que ela o viu em posse de uma arma de fogo na manhã de terça-feira.
O suspeito justificou que o sangue na camiseta era resultado de uma suposta queda de motocicleta, mas forneceu declarações contraditórias à polícia. Ele também afirmou que o adolescente teria se encontrado com outras pessoas durante o trajeto, sem saber o destino delas.
A situação gerou revolta entre familiares e conhecidos do adolescente. Na mesma noite em que o corpo foi encontrado, um carro estacionado no condomínio onde ambos residiam foi incendiado por parentes e amigos da vítima. O veículo pertencia ao novo proprietário do apartamento onde o suspeito vivia, embora este continuasse a residir no local em um acordo temporário.
As autoridades seguem investigando o caso e analisando as evidências para esclarecer a dinâmica dos eventos que resultaram na morte trágica do adolescente.