O caso chocante do adolescente de 16 anos que assassinou seus pais adotivos e sua irmã na Zona Oeste de São Paulo ganhou novas revelações. Durante o interrogatório, o jovem admitiu à polícia que amava sua irmã, Letícia Gomes Santos, também de 16 anos, mas a matou para conseguir assassinar sua mãe, Solange Aparecida Gomes.
Conforme o relato do adolescente, ele tinha uma boa relação com Letícia e a matou porque não conseguiria mantê-la em cativeiro até a chegada da mãe, prevista para depois das 18h. Ele temia que a irmã pudesse interferir em seus planos, o que o levou a tomar a decisão trágica. O jovem, cujo nome está sendo mantido em sigilo por ser menor de idade, confessou que utilizou a arma de fogo de seu pai, Isac Tavares Santos, que era Guarda Civil em Jundiaí.
O crime começou por volta das 13h de sexta-feira (17/5), quando ele disparou contra o pai e a irmã. Às 19h, quando a mãe chegou em casa, ele efetuou o último disparo fatal contra ela. O delegado responsável pelo caso, Roberto Afonso, relatou ao G1 que o jovem disparou um tiro na nuca do pai, seguido por um tiro no rosto da irmã que havia ouvido o primeiro disparo. Depois de esperar a chegada da mãe, ele a alvejou. No dia seguinte, ainda tomado pela raiva, esfaqueou a mãe, segundo suas próprias palavras.
A polícia apreendeu os celulares da família e o computador do adolescente, esperando que a perícia nos dispositivos eletrônicos forneça mais detalhes sobre o ocorrido. Nos próximos dias, vizinhos, amigos e outros familiares devem ser ouvidos para esclarecer o contexto do crime.
O motivo do adolescente para cometer os assassinatos foi a proibição do uso do celular, refletindo a péssima relação que mantinha com os pais adotivos. Após viver com os corpos dos familiares por três dias, o jovem confessou o crime na madrugada de segunda-feira (20/5), encerrando temporariamente este capítulo trágico com a sua prisão.