Após três meses da repercussão do caso que mobilizou o Paraná e comoveu o país, o Ministério Público do Estado (MP-PR) solicitou a revogação da prisão preventiva de Leandra Ferreira de Souza, suspeita de raptar a bebê Eloah Pietra Almeida Alves dos Santos, de apenas um ano e três meses, em Curitiba. O pedido abre caminho para que Leandra responda ao processo em liberdade, e a expectativa é de que ela seja solta na próxima semana.
O caso ocorreu no dia 23 de janeiro, quando Eloah desapareceu no início da tarde na comunidade Morro do Sabão, no bairro Parolin, região central da capital paranaense. De acordo com o relato da mãe, Erica Alves dos Santos, a mulher chegou à residência usando máscara cirúrgica e óculos escuros, alegando ser agente de saúde. A suposta profissional informou que levaria mãe e filha a uma unidade de saúde para a realização de exames, mas, antes da saída, convenceu Erica a ingerir um líquido suspeito. Após dopá-la, colocou Eloah no carro e fugiu, deixando a mãe para trás.
Com o alerta dado à polícia, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná acionou uma força-tarefa reunindo as polícias Civil e Militar. As buscas intensas contaram com o apoio do Alerta Amber — um sistema de comunicação emergencial que utiliza as redes sociais para divulgar casos de crianças desaparecidas. A operação foi decisiva: Eloah foi localizada no início da noite do dia seguinte, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, cerca de 30 horas após o rapto.
Durante o inquérito, Leandra prestou depoimento por videoconferência, no qual pediu perdão aos familiares da vítima e demonstrou surpresa com a proporção que o caso alcançou na mídia. A suspeita negou o sequestro, alegando que havia pego a criança com o consentimento da mãe, versão que contradiz o depoimento de Erica e os indícios reunidos pela investigação.
A solicitação de liberdade provisória se baseia no fato de Leandra não possuir antecedentes criminais. Mesmo assim, a acusação segue em andamento e a pena prevista para o crime de subtração de incapaz pode chegar a até seis anos de reclusão. A sentença está próxima de ser decretada, conforme informou o MP-PR.
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