No último dia 20 de outubro, um acidente envolvendo uma BMW no bairro Cabral, em Curitiba, ganhou destaque nas redes sociais após a divulgação de um vídeo que mostra o momento da colisão. O registro, feito de dentro do carro, mostra um jovem ao volante e uma mulher ao seu lado, mas a situação tomou um novo rumo quando o pai do suposto motorista, um homem de 56 anos, afirmou ser ele o responsável pela direção do veículo.
Em entrevista ao programa Cidade Alerta, da RICTV, o pai do jovem de 21 anos relatou que o vídeo que viralizou foi alterado por inteligência artificial, uma alegação que levantou suspeitas sobre a veracidade dos fatos. Segundo ele, o acidente ocorreu em frente à sua residência, localizada nas proximidades do local do impacto. O homem enfatizou que estava dirigindo a BMW, e seu filho estava apenas como passageiro, argumentando que pediu ao autor do vídeo que lhe enviasse a gravação original para uma análise pericial.
A Polícia Civil do Paraná, ciente da situação, iniciou uma investigação a respeito do acidente, considerando a possibilidade de fraude processual. A declaração do pai gerou questionamentos, principalmente em relação ao teste do bafômetro que ele fez logo após o acidente. Ele afirmou que não teme as investigações e está disposto a responder por quaisquer implicações legais que possam surgir. “Eu vou ser investigado, não tem problema. Eu respondo criminalmente se for o caso”, declarou.
O vídeo que circulou nas redes sociais mostra não apenas o jovem na direção, mas também a presença de uma mulher ao lado dele e outros jovens nos bancos traseiros. Apesar das alegações do pai, uma testemunha que estava no veículo corroborou a versão de que o estudante de medicina, habilitado, era realmente quem estava dirigindo. No entanto, foi apurado que a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do jovem está cassada, o que poderia complicar ainda mais a situação legal da família.
O pai, por sua vez, também se preocupou com os custos do conserto do carro, que pode ultrapassar R$ 400 mil, além de se comprometer a arcar com os danos ao muro atingido no acidente. Ele destacou que não deseja causar prejuízos e afirmou que estava pronto para pagar os danos que a colisão pudesse ter gerado.
A investigação segue sob a responsabilidade da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), que deve apurar os detalhes do ocorrido e determinar a responsabilidade verdadeira pelo acidente. Caso a polícia conclua que o homem não estava dirigindo, ele poderá ser acusado de fraude processual, o que implica em consequências legais severas.